Abr
07
2022

Ato em frente ao HUAP abriu mobilizações do Dia Mundial da Saúde nesta quinta (07)

Manifestação em defesa do SUS 100% público e estatal defendeu a revogação da Ebserh no Antonio Pedro e a valorização dos profissionais da saúde do município; às 11h, haverá ato em frente à Secretaria Estadual de Saúde e Ministério da Saúde – Rua México 128, seguido de cortejo até a Cinelândia, com participação cultural do Bloco Loucura Suburbana.

Ato em frente ao HUAP abriu mobilizações do Dia Mundial da Saúde nesta quinta (07) / Foto: Luiz Fernando Nabuco

Na manhã desta quinta-feira, 7 de Abril, o Hospital Universitário Antonio Pedro (HUAP), em Niterói, amanheceu com faixas e cartazes em razão do Dia Mundial da Saúde. No ato, os manifestantes defenderam que para fortalecer o SUS 100% público e estatal é preciso enfrentar o seu desfinanciamento e as privatizações orquestradas por setores que veem na saúde um negócio lucrativo para usufruir de recursos públicos, com apoio do Estado.  

Reforçando que a saúde não é uma mercadoria, mas direito garantido da população brasileira, servidores do Hospital, estudantes, trabalhadores da saúde, médicos e professores da UFF defenderam a revogação do contrato com a Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) no HUAP e de todos os processos de privatização do SUS. O ato segui até a Câmara Municipal de Niterói, onde os servidores municipais da saúde também protestaram contra a precarização no trabalho, pela abertura de novos concursos e reajuste salarial. A diretoria da Aduff esteve presente na manifestação.

A Ebserh é uma empresa pública de direito privado criada em 2011 para supostamente gerir e administrar os hospitais universitários. Entretanto, como já alertava o Andes-SN, a Fasubra, a Frente Nacional Contra a Privatização da Saúde e tantas outras entidades contrárias à adesão dos HU’s à Ebserh, além de não trazer novos recursos orçamentários, a empresa ainda agravou os problemas dos hospitais universitários, consolidando a terceirização, a privatização e os ataques à autonomia universitária.

O Hospital Universitário Antonio Pedro, da UFF, aderiu à Ebserh em 2016, numa reunião do Conselho Universitário realizada fora da universidade - sob bombas de gás e spray de pimentas. De lá para cá, trabalhadores e estudantes denunciam a piora nas condições de trabalho e estudo no hospital escola, o aumento do assédio moral pela gestão da empresa, o fechamento de leitos e a falta de concursos públicos.

No final de março, um acidente com um dos elevadores do Hospital chegou a colocar em risco a integridade física de duas médicas. Por sorte, nenhuma das profissionais sofreu qualquer lesão. Uma semana depois, um servidor ficou ferido e sofreu queimaduras nos braços e no rosto enquanto tentava reparar uma máquina utilizada no processo de pasteurização do leite humano, no banco do leite. As situações demonstram as condições precárias de manutenção do hospital que é referência para toda Niterói e cidades vizinhas.

Da Redação da Aduff | Por Lara Abib

Ato em frente ao HUAP abriu mobilizações do Dia Mundial da Saúde nesta quinta (07) / Foto: Luiz Fernando Nabuco

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