Dez
17
2021

Assembleia se posiciona de forma contrária à Minuta do CEPEX sobre retorno presencial em 2022

Comissão docente, aprovada pela Assembleia, vai elaborar texto que reafirma princípios caros ao sindicato e que devem ser considerados no contexto de retorno às aulas.

Docentes da UFF estiveram reunidos, na tarde desta quinta-feira (16), para a última assembleia do ano. A reunião aconteceu em ambiente virtual, foi conduzida pelas professoras Gelta Xavier e Poliane Gaspar, diretoras da seção sindical. Teve os seguintes pontos de pauta: conjuntura, retorno presencial na UFF, Conselho Fiscal da Aduff, além do habitual momento de informes.

Os professores avaliaram a dureza da atual conjuntura diante das consequências da pandemia e de um governo destrutivo e negacionista como o de Jair Bolsonaro.

*Retorno presencial em 2022*

A Assembleia Docente da UFF deliberou, com uma abstenção e um voto contrário, por posicionamento adverso à Minuta do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão - Cepex, que versa sobre o retorno presencial na Universidade em 2022. A comunidade universitária tem até o dia 23 de dezembro para enviar considerações sobre a Minuta para o Cepex.  

A Assembleia deliberou ainda pela criação de uma comissão que se responsabilizará pela redação de um documento crítico à referida Minuta do Cepex, reafirmando princípios históricos defendidos pelo sindicato nas últimas décadas e que devem ser considerados no contexto de volta às aulas presenciais. O documento elaborado pela dita comissão contará com o parecer da assessoria jurídica da Aduff-SSind.

Durante a assembleia, foram feitas críticas contundentes a esse projeto de resolução elaborado pelo Cepex. Como resposta a ele, plenárias departamentais da Faculdade de Educação e da Escola de Serviço Social (ESS) redigiram considerações críticas que subsidiam o debate sobre as atividades remoto e o retorno presencial às aulas na UFF.

Eblin Farage, professora da ESS/Niterói, criticou a minuta elaborada pelo CEPEX, que, de acordo com ela, é devastadora para o ensino presencial ao alterar a proposta pedagógica dos cursos e, na prática, instituir o ensino híbrido na UFF.

"Queremos voltar porque entendemos que Educação é presencial, dialógica e não porque o governo nos obriga a voltar. Não é possível transpor o presencial para o remoto! Não considero que estava dando aula e sim realizando uma atividade síncrona, mas aquela era a maneira que tínhamos, naquele momento, de manter a Universidade viva e o nosso contato com os alunos", disse.

Para Eblin Farage, a forma como a UFF está tratando o retorno presencial, como se a única exigência fosse o controle da vacinação, não é a mais adequada. A minuta do CEPEX desconsidera, na opinião dela, que os docentes, técnicos e estudantes vão retornar para a mesma realidade de Universidade que já tinha muitos problemas antes da pandemia, e que acumulou ainda mais desafios recentemente, dados os cortes de recursos públicos pelo governo federal.

De acordo com ela, é preciso que a UFF elabore um plano de assistência estudantil e um plano sanitário que verifique as condições reais das unidades de ensino em relação à infraestrutura e ao contingente docente e administrativo.

Os docentes Juarez Duayer (Arquitetuta) e Susana Maia (ESS/Rio das Ostras) reforçaram a necessidade de publicizar amplamente as considerações críticas à minuta do CEPEX feitas pelos colegas da ESS e da Faculdade de Educação, conforme os arquivos abaixo: 


Minuta Cepex: https://www.uff.br/sites/default/files/informes/minuta_projeto_de_resolucao_cepex_2022_1.pdf


Documento elaborado pela Assembleia Comunitária da Faculdade de Educação da UFF : ver arquivo pdf no final deste texto


Documento elaborado pela plenária departamental da Escola de Serviço Social da UFF (Niterói): ver arquivo em pdf no final deste texto


*Conselho Fiscal*

Procedeu-se a votação sobre o Conselho Fiscal da Aduff, considerando a importância do trabalho para a manutenção do equilíbrio financeiro da seção sindical. Destacou-se que as informações são públicas e que estão à disposição dos filiados e das filiadas para consulta.  

Os seguintes professores (as) foram eleitos (as) para o Conselho Fiscal da Aduff:


Bianca Novaes (Volta Redonda)
Caio Nogueira (Arquitetura)
Carlos Augusto Aguilar Junior (Coluni)

Suplentes:

Eblin Farage (ESS/ Niterói)
Jonas Gurgel (Educação Física)
Susana Maia (ESS/ Rio das Ostras) 

 

Para conhecimento, também foram informados os conselheiros fiscais de anos anteriores próximos, a saber:

2018 a 2020: 

Victor Leonardo Araújo (Economia)
Wanderson Fábio de Melo (Rio das Ostras)
Márcia Regina da. S. R. Carneiro (História - Campos dos Goytacazes) 

Suplentes

Eblin Farage (ESS/Niterói)
Antoniana Defilippo (Rio das Ostras)
Sonia Lúcio Rodrigues (ESS/Niterói)

 

2016 e 2017: 

Marina Tedesco (IACS)
Felipe Brito (Rio das Ostras)
Maria Cecília de Castro (Coluni)

Suplentes:

Enilce de Oliveira Fonseca Sally (Nutrição Social)
Suzana Maia (Rio das Ostras)
Sonia Lúcio Rodrigues (ESS/Niterói) 

 

2015: 

Marina Tedesco (IACS)
Carlos Augusto Aguilar Junior (Coluni)
Antoniana Defilippo (Rio das Ostras)

Suplentes:

Cristina Pinheiro Mendonça (Nutrição Social)
Suzana Maia (Rio das Ostras)
Eblin Farage (ESS/Niterói)

 

Nota em solidariedade a vereadores de São Gonçalo

A Assembleia dos Docentes da UFF aprovou nota em solidariedade a dois vereadores de São Gongalo, Prof. Josemar(Psol) e Romário Regis (PCdoB), que têm sido vítimas de perseguição política por parte da mesa diretora da Câmara de Vereadores daquela cidade.  

Veja a seguir:

Nota da Assembleia Geral da Aduff aos vereadores Prof. Josemar e Romário Regis

No último dia 15 os vereadores de São Gonçalo, Prof. Josemar (PSOL) e Romário Regis (PCdoB), receberam uma representação da mesa diretora da Câmara de Vereadores por quebra de decoro parlamentar. A representação deve-se ao fato dos vereadores terem prestado apoio aos profissionais da educação da rede básica do município que queriam acompanhar a sessão do dia 14 de dezembro, em que se discutiria e votaria o novo Plano de Carreira e Cargos.

Sabemos que em diversas partes do país, coadunadas com a perspectiva do governo federal, administrações municipais e estaduais vêm realizando um conjunto de ataques e perseguições contra todos/as aqueles e aquelas que se posicionam em defesa dos direitos humanos, do funcionalismo público e da educação. Em São Gonçalo, município marcado pela pobreza, clientelismo e falta de democracia, a ação caracteriza-se como uma explícita perseguição aos vereadores que se posicionaram em apoio aos trabalhadores da educação.

Assim, a Assembleia Geral da ADUFF-ssind, reunida no dia 16 de dezembro de 2021 de modo virtual, expressa sua solidariedade aos vereadores e repudia a perseguição impetrada pela mesa diretora da Câmara de Vereadores do município de São Gonçalo e exige o fim da perseguição.

Defender a educação e o funcionalismo público não é crime, é um dever!

ASSEMBLEIA GERAL DA ADUFF-SSIND 

16 de dezembro de 2021

 

 

Da Redação da ADUFF
Por Aline Pereira

Additional Info