DA REDAÇÃO DA ADUFF

O filme "Felisberta, Uma Mulher de Luta" é, além de uma justa homenagem à professora emérita da Universidade Federal Fluminense, também uma declaração de amor da jovem diretora Maíra Jardim, sua neta, que diz isso com todas as letras quase ao final do documentário. 

"Devo muito ao caráter grandioso que ela tem. Amo muito minha avó, um filme é muito pouco para agradecer o que ela faz por mim, as conversas, os ensinamentos, as histórias", diz a cineasta, num momento em que acrescenta o seu depoimento ao conjunto dos relatos de amigos, colegas e familiares, além das próprias recordações da docente. Maíra Jardim, que desde os 17 anos gravava conversas com a avó, ressalta, mais adiante, que faria o documentário independente de parentescos familiares, diante da importância de preservar a história de uma militante política que considera extraordinária. 

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O documentário ganhou novos olhares em meio às muitas mensagens que lamentaram o falecimento e homenagearam a professora Maria Felisberta Baptista da Trindade, da Faculdade de Educação da UFF, ocorrido no sábado, dia 13 de novembro de 2021. A Prefeitura de Niterói decretou luto oficial de três dias.

Em novembro de 2016, o documentário foi exibido nos pilotis do Bloco A, do campus Gragoatá, em Niterói, numa atividade do movimento Ocupa UFF para a qual Florisberta foi convidada a falar com os estudantes.

Na película, ela cita Paulo Freire para expressar sua confiança na construção de um mundo melhor. "Há uma frase dele que eu tornei uma frase minha, roubei, no bom sentido. O que caracteriza o ser humano não é a desesperança, a desesperança pode ser momentânea. O que caracteriza o ser humano no seu dia a dia é a esperança que possamos alcançar um mundo muito mais justo e mais humano", constata.

DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Hélcio Lourenço Filho