Set
27
2021

#PEC32Não | Campanha Fora Bolsonaro volta às ruas com atos em todo o país neste sábado (02)

‘União dos Fóruns de Luta de Niterói, São Gonçalo e Maricá’ e Comitê Fora Bolsonaro e Mourão convidam para ato na sexta (01) às 16h, na Praça Araribóia, e para manifestação unificada na manhã do dia 2, no Rio, com concentração às 10h, na Candelária

O dia 2 de outubro (sábado) foi definido pela coordenação da Campanha Fora Bolsonaro como a próxima data nacional de protestos por todo o país em defesa da vida e contra o governo Bolsonaro. A campanha reúne as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, centrais sindicais, sindicatos, movimentos sociais e populares e partidos da Esquerda. Andes-SN e Aduff convocam as e os docentes para participar dos atos em defesa da Educação e dos serviços públicos – #PEC32Não; entidades reforçam importância do uso da máscara (preferencialmente PFF2) e das medidas de segurança sanitária.

Na última quinta-feira, o governo conseguiu aprovar o texto-base da 'reforma' Administrativa (PEC 32) na comissão especial da Câmara, por 28 votos a 18 - a apreciação dos destaques prossegue. Os trabalhadores do setor público afirmam que a proposta cria condições para a privatização dos serviços públicos prestados à população e que podem afetar, principalmente, parcelas mais vulneráveis da sociedade que dependem exclusivamente deles, a exemplo de saúde, educação, assistência social. 

Além disso, se aprovada, a PEC 32 realizará uma reforma do papel do Estado e as empresas privadas serão beneficiadas via contratos, pagos com dinheiro público, para executar serviços que trabalhadores concursados realizam.

“Precisamos levar todas e todos às ruas neste dia 2 e dar uma resposta contundente a esse governo corrupto e genocida de que não vamos nos calar diante da destruição que Bolsonaro e sua tropa estão promovendo no país, tornando a vida da classe trabalhadora, especialmente os mais pobres, insuportável”, destaca o dirigente da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlitas, Atnágoras Lopes.

Em nota publicada no dia 23 de setembro, as dez centrais sindicais brasileiras reafirmaram o chamado unitário para a realização de um novo dia nacional de protestos pelo Fora Bolsonaro no próximo sábado (02). “Em um país com 212 milhões de habitantes, cuja maioria, segundo todas as pesquisas, rejeita e desaprova Bolsonaro, é urgente que o Congresso Nacional atenda o clamor popular e acate a abertura de processo de impeachment para que Bolsonaro seja afastado e seus crimes apurados e julgados. Já são mais de 130 pedidos engavetados na presidência da Câmara dos Deputados, enquanto o país afunda no lodo presidencial”, destaca o texto.

Veja abaixo o texto/convocatória do panfleto produzido pelo Comitê Fora Bolsonaro e Mourão e União dos Fóruns de Luta de Niterói, São Gonçalo e Maricá:

Avançar na luta para garantir a vida: Fora Bolsonaro e Mourão!

As consequências do desastroso enfrentamento da pandemia seguem avançando na mesma intensidade em que aumenta o enfraquecimento do governo Bolsonaro

E as razões deste desastre social, político e econômico são óbvias, pois não faltam exemplos de ações criminosas cometidas pelo atual governo nos últimos anos: desvios do dinheiro das vacinas enquanto 600 mil brasileiros tiveram suas vidas ceifadas em decorrência da covid-19;  o escandaloso número de desempregados que já atinge a marca de 21 milhões de pessoas e a crescente informalidade que se aproxima dos 40 milhões de trabalhadores; o agravamento da miséria, num cenário em que cerca de 126 milhões de brasileiros já se confrontaram com algum grau de insegurança alimentar, 19 milhões enfrentaram a fome e o número daqueles que vivem  abaixo da linha da pobreza extrema já ultrapassou a tenebrosa marca de 27 milhões, atingindo principalmente as mulheres negras e chefes de família que vivem nas periferias.

O aumento dos preços do arroz, do feijão, da carne, do óleo, da luz, dos combustíveis vem reduzindo dramaticamente o poder de compra da população. Enquanto os lucros dos bancos como o Itaú, Bradesco e Santander seguem em alta em plena pandemia, assistimos uma parte significativa das famílias mais pobres sendo forçadas a formar filas por produtos que há muito tempo não víamos nos mercados, como farelos de arroz e ossos de boi.

Entretanto, apesar desse enfraquecimento do governo, não podemos subestimá-lo, pois ainda conta com o apoio de setores poderosos do grande empresariado e está disposto a ir até as últimas consequências para seguir retirando direitos dos trabalhadores, entregando o patrimônio nacional às empresas estrangeiras e tentando implementar o seu projeto de ditadura com moldes fascistas.

A ampla rejeição entre a maioria da população brasileira contra esse governo contribuiu para o acirramento da luta popular, principalmente entre os meses de abril e setembro, objetivando construir uma resposta contra todos esses ataques à nossa existência.

Esses atos tiveram como motes principais a luta por emprego, vacina no braço, comida no prato, fim do genocídio do povo negro, contra o Marco Temporal em defesa dos povos indígenas e pelo Fora Bolsonaro e Mourão.

Além das manifestações, a CPI da Covid-19, que ocorre no Senado, também cumpre um papel importante para desmascarar Bolsonaro e para evidenciar o caráter negacionista e corrupto de seu governo.

No entanto, nossa maior arma contra esse governo e seus aliados é a organização e a luta dos de baixo. É preciso intensificar o calendário de lutas, visando a construção de uma Greve Geral que coloque na parede os grandes empresários e banqueiros que seguem dando sustentação a Bolsonaro.

Neste sentido, a União dos Fóruns de Luta e o Comitê Fora Bolsonaro e Mourão de Niterói, São Gonçalo e Maricá vêm cumprindo um papel importante de resistência contra essa política genocida do Governo Bolsonaro-Mourão. Consolidando-se como um movimento que articula diferentes representantes de movimentos sociais, coletivos, partidos e um conjunto de sujeitos históricos das lutas travadas há mais de três décadas nesta região, compreendemos que a pauta das/os trabalhadoras/es combina demandas, reivindicações, táticas e estratégias de lutas.

São marcantes a inserção classista e o movimento de compor a unidade nas ações visando emancipação e superação das desigualdades, injustiças, discriminações e opressões.

Nossa experiência de organização garantiu a efetivação de atos, reuniões, plenárias, panfletagens, carreatas, programas de rádio. Sempre dentro dos protocolos sanitários necessários para os tempos de pandemia, que geraram aproximações e compromissos de envolvimento em outras iniciativas, como a nossa rede de Rede Solidariedade que se ocupa da organização de cestas, a partir de doações de outros coletivos e sindicatos, fortalecido e fortalecendo-se com a presença de moradores de localidades da periferia.

Entendemos que a luta nesse momento exige firmeza, combatividade e ampliação do diálogo para que possamos transformar o dia 2 de outubro, próximo Dia Nacional de Lutas, numa manifestação muito maior que os atos anteriores.

O governo Bolsonaro-Mourão não é mais forte que a força do poder popular, que, com organização, lutará contra o desemprego, a carestia, a miséria e a fome que atinge a maioria da população brasileira. Lutará contra a reforma Administrativa, o Marco Temporal dos povos indígenas e quilombolas, contra as privatizações e o sucateamento do SUS e das universidades.

FORA BOLSONARO, MOURÃO, PAULO GUEDES E TODOS OS SEUS ALIADOS! 

CONTRA O AUMENTO DO CUSTO DE VIDA!

POR UMA POLÍTICA NACIONAL DE EMPREGOS!

CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DAS ESTATAIS E DOS SERVIÇOS PÚBLICOS!

Comitê Fora Bolsonaro e Mourão e União dos Fóruns de Luta de Niterói, São Gonçalo e Maricá