Ago
27
2021

Grito dos Excluídos levará 'Fora Bolsonaro' no dia 7 de setembro ao Centro do Rio

Quinto grande ato de rua pelo fim do governo Bolsonaro está confirmado para 7 de setembro e também defenderá os serviços públicos e a rejeição da 'reforma' Administrativa

Quinto grande ato de rua pelo fim do governo Bolsonaro está confirmado para 7 de setembro e também defenderá os serviços públicos e a rejeição da 'reforma' Administrativa

DA REDAÇÃO DA ADUFF

Está confirmada a realização do ato pelo fim do governo de Jair Bolsonaro no dia 7 de setembro no Centro do Rio de Janeiro. O tradicional Grito dos Excluídos e Excluídas levará às ruas da capital fluminense o grito "Fora Bolsonaro e Mourão". 

A concentração para a manifestação será na esquina da Rua Uruguaiana com a avenida Presidente Vargas, a partir das 9 horas. O uso de máscaras é obrigatório, de preferência as de melhor eficácia como a PFF2. Será o quinto grande protesto em pouco mais de três meses - o primeiro ocorreu em 29 de maio de 2021- que defenderá o fim do governo de extrema-direita e neoliberal.

A Associação dos Docentes da UFF (Aduff-SSind), Seção Sindical do Andes-SN, participará e convida a categoria e toda a comunidade da Universidade Federal Fluminense a ajudar na construção dos protestos - que também vão defender a educação pública e gratuita e as liberdades democráticas. Haverá manifestações em todas as regiões do país.

As campanhas contra a 'reforma' do governo para os serviços públicos vão levar aos atos a defesa do arquivamento ou rejeição da Proposta de Emenda Constitucional 32/2021, bandeira que foi incorporada à pauta dos protestos.

A mobilização ocorre num momento que pode ser decisivo para o desfecho da proposta do governo: o relator da PEC-32 na comissão especial da Câmara, Arthur Oliveira Maia (PP-BA), disse que entregará o seu parecer sobre a matéria na segunda-feira (30). A partir daí, o texto pode entrar na pauta de votação da comissão. Já o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse que pretende levar a proposta para apreciação em Plenário na primeira quinzena de setembro. Os movimentos contrários à 'reforma' querem intensificar as mobilizações para impedir que isso ocorra.

Defesa da vida, da vacina e de direitos

Também integram as reivindicações das manifestações programadas para o dia 7 de setembro a defesa da vida, com a exigência da aceleração da vacinação e aplicação de medidas sanitárias como testagem e distanciamento, políticas de geração de emprego e auxílio emergencial digno para quem está em situação de vulnerabilidade na pandemia. 

Outra exigência que ganhará destaque é a defesa da rejeição da nova 'reforma' Trabalhista, que já passou pela Câmara e agora se encontra no Senado Federal. O projeto elimina direitos e permite a contratação de trabalhadores sem que o empregador tenha que pagar a Previdência Social, o FGTS, férias e as horas extras nas condições previstas nas leis trabalhistas (CLT).

O Grito

O Grito dos Excluídos é um ato tradicional que ocorrerá pela 27a vez, sempre no dia em que se comemora a Independência do Brasil. Com forte participação dos movimentos sociais, é de certa forma um contraponto aos desfiles oficiais que costumam celebrar os feitos dos governos e autoridades. 

Neste ano, além de ganhar uma articulação mais ampla em torno da bandeira "Fora Bolsonaro", ocorrerá no mesmo dia em que bolsonaristas programaram atos em defesa do governo. Os atos da extrema-direita carregam ainda bandeiras como a defesa da intervenção militar e de um golpe de Estado. 

Em São Paulo, o governador João Dória (PSDB) tenta proibir a realização da tradicional manifestação do Grito dos Excluídos por ser um protesto contrário ao governo Bolsonaro. O empresário que ocupa o Palácio dos Bandeirantes diz que só permitirá a realização dos atos a favor do presidente, que também defendem o golpe e a ditadura militar. Alega preocupação com a segurança para isso - embora os dois atos estejam programados ara locais distintos. Os movimentos que organizam o Grito dos Excluídos afirmaram que não vão admitir censura e cerceamento da liberdade de expressão e manifestação e que seguirão construindo o ato.

DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Hélcio Lourenço Filho

Additional Info

  • compartilhar: