DA REDAÇÃO DA ADUFF
De março de 2020 a maio de 2021, os movimentos civis críticos ao governo de Jair Bolsonaro evitaram convocar atos de rua, em decorrência da preocupação com as medidas sanitárias de distanciamento para prevenção à covid-19. Isso mudou a partir do grande dia de protestos convocado para 29 de maio - seguido de outros três em pouco menos de dois meses: 19 de junho, 3 de julho e 24 de julho de 2021.
Para ver imagens aéreas na cobertura ao vivo da Aduff do ato no Centro do Rio, clicar aqui
A necessidade de combater as medidas negacionistas, o autoritarismo e as políticas contrárias aos direitos sociais e trabalhistas fez com que as entidades civis, entre elas os sindicatos, decidissem chamar atos de rua, que rapidamente abafaram os pequenos, porém barulhentos, atos que vinham sendo chamados pela extrema direita.
Na capital do Estado do Rio, todas as quatro manifestações aconteceram na avenida Presidente Vargas, no Centro da cidade - com concentração na altura do Monumento Zumbi dos Palmares, símbolo da luta contra a discriminação racial.
Os protestos de 24 de julho ocorreram a poucos dias de o país atingir a marca de 550 mil vidas perdidas para a pandemia da covid-19. Não foram as maiores manifestações em termos de número de participantes, segundo os levantamentos dos organizadores, porém as com mais capilaridade: foram registrados 509 atos no Brasil e em outros 16 países, que exigiram o fim do atual governo, acusado atuar como aliado do vírus e de ser o principal responsável pelo que os movimentos que foram às ruas definem como um "genocídio".
A Aduff e o Andes-SN participaram da convocação e da organização deste dia de protestos, que também exigiram que o programa de vacinação seja acelerado e que se aumente o valor do auxílio emergencial.
O SUS e os serviços públicos em geral foram defendidos, assim como a rejeição da 'reforma' Administrativa (PEC-32) e das privatizações. As bandeiras das liberdades democráticas, em meio às ameaças de golpe por parte de autoridades do governo, também foram levadas às ruas.
Docentes, técnicos e estudantes da Universidade Federal Fluminense participaram dos atos, que ocorreram em pelo menos 29 cidades fluminenses.
Cobertura ao vivo
A TV Aduff, o Sintuff (sindicato dos servidores técnicos-administrativos da UFF) e o Sindscope (dos servidores do Colégio Pedro II) se uniram para fazer, juntos, a cobertura dos atos do #24J, centrada no protesto na av. Presidente Vargas. A cobertura foi transmitida ao vivo pelas páginas destas entidades no Facebook e no Youtube e fica gravada e disponível para quem desejar assistir.
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DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Hélcio Lourenço Filho
