NOTA DE REPÚDIO DA DIRETORIA DA ADUFF AO PRONUNCIAMENTO DO MINISTRO DA EDUCAÇÃO

Em 20 de julho de 2021, o atual Ministro da Educação, Milton Ribeiro, fez um pronunciamento à nação, que entre vários absurdos negacionistas, “conclama o retorno das aulas presenciais”. Isto, num cenário que evidencia a prática nefasta de corrupção do Governo Federal em negociatas de vacinas, além de um conjunto de medidas retrógradas que atacam os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, em especial das classes populares, no contexto da pandemia de Coronavírus. 

Desde o início da pandemia, professoras e professores de vários níveis da educação estão executando atividades de ensino, pesquisa e extensão de forma remota, onde ficam explícitas as precárias condições de estudantes das mais variadas classes sociais que, aliás, não tiveram o mínimo apoio deste “desgoverno” para acompanhar tais atividades.

Além disso, dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), de 2021, indicam que “cresceu em 128% o número de contratos de trabalho encerrados por motivo de morte no setor de educação. Foram 1.479 contratos encerrados pela morte do trabalhador, incluindo professores, faxineiros, porteiros, entre outros vinculados a instituições de ensino. No mesmo período do ano passado, eram 650”. Os dados comparativos são de janeiro a abril de 2021 e 2020, respectivamente.

A ADUFF-SSind vem a público manifestar o repúdio ao pronunciamento do referido ministro, reafirmando o princípio da autonomia federativa e da autonomia universitária. E, ponderamos que a conclamação do povo brasileiro nesse momento é pelo “Fora Bolsonaro e Mourão!”