Jul
05
2021

Atos associam discurso negacionista de Bolsonaro à esquema de propina na compra de vacinas

'Não era só negacionismo, era negócio e propina', disseram manifestantes nos atos que reuniram centenas de milhares pelo 'Fora Bolsonaro'

 

Imagem aérea gerada por drone do ato no dia 3 de julho na Presidente Vargas, no Rio Imagem aérea gerada por drone do ato no dia 3 de julho na Presidente Vargas, no Rio / Drone/Thiago - serviço contratado por meio da parceria entre os sindicatos na cobertura do ato

DA REDAÇÃO DA ADUFF

Manifestações em todas as regiões do país expuseram nas ruas a denúncia de que por trás do negacionismo do governo de Jair Bolsonaro à Ciência e às vacinas teria havido também a intenção de facilitar a corrupção e fraude na compra dos imunizantes.

Muitos cartazes e discursos fizeram referências a isso, nos atos ocorridos no sábado, 3 de julho de 2021. Não era negacionismo, era negócio e propina, disseram os manifestantes. Essa afirmação foi colada a Bolsonaro depois que um servidor público de carreira denunciou na CPI da Covid no Senado, na semana anterior aos protestos, que sofreu pressão atípica para fechar contrato para compra de milhões de doses da vacina indiano Covaxin. Pouco depois, outra denúncia afirmou que um gestor do Ministério da Saúde pediu um dólar de propina por dose de imunizante da Astrazeneca, numa negociação envolvendo uma empresa 'intermediadora'.  

A denúncia do funcionário concursado e sem a pressão da ameaça de demissão fez também crescer a defesa da estabilidade dos servidores e a campanha contra a reforma Administrativa (PEC-32), com a qual o governo Bolsonaro tenta praticamente pôr fim à estabilidade do funcionalismo.

Foi a terceira vez em pouco mais de um mês que milhares de pessoas foram às ruas de todas as capitais do país e outras cidades para defender a vacinação urgente de toda a população e o fim do governo de Jair Bolsonaro. Os organizadores avaliam que houve atos em perto de três centenas de cidades - algumas delas no exterior. Os maiores protestos provavelmente ocorreram em São Paulo, na av. Paulista, e no Rio de Janeiro, na av. Presidente Vargas.

A Aduff-SSind participou da mobilização no Estado do Rio. Também fez a cobertura ao vivo dos atos, numa parceria da TV Aduff com outros dois sindicatos, o Sintuff, que reúne os técnicos-administrativos da Universidade Federal Fluminense, e o Sindscope, o Sindicato dos Servidores do Colégio Pedro II. A cobertura ao vivo está disponível no canal da Aduff no Youtube e na página da seção sindical no Facebook. Para assistir, basta clicar aqui.

DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Hélcio Lourenço Filho

Imagem aérea gerada por drone do ato no dia 3 de julho na Presidente Vargas, no Rio Imagem aérea gerada por drone do ato no dia 3 de julho na Presidente Vargas, no Rio / Drone/Thiago - serviço contratado por meio da parceria entre os sindicatos na cobertura do ato

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