O médico sanitarista Gonzalo Vecina participou da cobertura ao vivo, realizada de forma conjunta pela TV Aduff, o Sintuff e o Sindscope, para acompanhar as manifestações pelo 'Fora Bolsonaro e Mourão', neste sábado 3 de julho. "Estamos vivendo tempos terríveis e a única forma de fazermos isso [tirar o Bolsonaro] é ir para as ruas, fazer o que o povo está fazendo hoje", disse o especialista, que é professor da Universidade de São Paulo.
Para ele, as mais de 500 mil mortes pela covid-19 poderiam ter sido evitadas, se o governo federal não tivesse negado a vacinação e se tivesse havido vontade política para promover o isolamento social. "São mortes que foram devidas a permissão de circulação do vírus e a nenhum tipo de contenção da circulação desse vírus", disse. "O Ministério da Saúde é cúmplice do Presidente da República nessa política que gerou esse genocídio e permitiu a corrupção na compra da vacina", complementou o sanitarista.
Durante a conversa, Gonzalo Vecina criticou a reforma administrativa ((PEC-32) que está em curso e que pretende fragilizar o funcionalismo. "Essa reforma administrativa, da forma como está sendo conduzida, certamente vai levar a um desastre na administração pública brasileira. Sem dúvida, a administração pública brasileira precisa ficar mais eficiente, mas não é fragilizando a situação do servidor", avaliou.
Para o médico e professor, o governo federal não soube lidar com a desigualdade socioeconômica, que se aprofundou no contexto da pandemia, com o retorno da fome e da desnutrição. Criticou o baixo valor do auxílio emergencial e a falta de políticas públicas. "O Brasil está de joelhos", disse.
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