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Mai
14
2021

Ato no Rio defende a vida: 'o povo negro não quer morrer nem de bala, nem de fome nem de covid'

Passeata no Centro do Rio, leva às ruas o grito do povo negro contra as políticas de genocídio, nesta quinta-feira, 13 de maio de 2021, uma semana após a operação policial na favela do Jacarezinho que levou à morte de 29 pessoas - a maior chacina em uma ação policial da história no estado.

Passeata nesta quinta-feira (13), no início da noite, no Centro do Rio, leva às ruas o grito do povo negro contra as políticas de genocídio, nesta quinta-feira, 13 de maio de 2021, uma semana após a operação policial na favela do Jacarezinho que levou à morte de 29 pessoas - a maior chacina em uma ação policial da história no estado.
 
O motivo central da manifestação, realizada com a preocupação com as medidas de segurança sanitária, faz referência a três violências que hoje atingem negras e negros em maior intensidade: “Nem bala, nem fome, nem covid. O povo negro quer viver! Pelo fim do genocídio negro. Pelo controle social da atuação das polícias!"
 
Atos estavam previstos para acontecer em pelo menos 40 cidades de praticamente todos os estados do país neste 13 de Maio, "Dia Nacional de Denúncia Contra o Racismo". Os protestos são organizados pela Coalizão Negra por Direitos, com apoio de dezenas de entidades, entre elas o Andes-SN e suas seções sindicais, como a Aduff-SSind. Pela manhã, a hashtag #13DeMaioNasRuas esteve entre as cinco mais comentadas no Twitter no Brasil.
 
Os manifestantes exigem justiça para a comunidade e a verdade sobre a operação policial no Jacarezinho. Defendem ainda o auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia da covid-19 e o direito da população negra de acesso à vacina pelo Sistema Único de Saúde (SUS) - há denúncias baseadas em pesquisas que indicam que a população negra é a que mais morre em decorrência da doença e a que menos está sendo vacinada contra a covid-19.
 
O protesto também defende o fim do governo do presidente Jair Bolsonaro, apontado como racista e genocida. Faz poucos dias, Bolsonaro elogiou a operação policial no Jacarezinho - na qual poucas armas foram apreendidas e realizada apesar de decisão do Supremo Tribunal Federal proibir ações deste tipo durante a pandemia.
 
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Foto: Samuel Tosta

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