Ocupar as redes e as ruas com atos simbólicos, garantindo o distanciamento social e os protocolos de segurança, para dizer basta à política genocida do governo Bolsonaro, em defesa da vida, dos serviços públicos, da vacinação em massa já pelo SUS e do lockdown com auxílio-emergencial digno para a população. Foi esse o recado que os servidores públicos e estudantes levaram para Niterói, São Gonçalo, Maricá e Rio das Outras na manhã desta quarta - 24 de março - Dia Nacional de Lutas, Mobilizações, Paralisações e Greves.

 

Em Niterói e em São Gonçalo, as atividades começaram cedo, com panfletagens, falas e cartazes, no Terminal das Barcas em Niterói, e nas escadarias da Prefeitura, em São Gonçalo. Em Maricá, o ato ocorreu em frente ao Hospital Ernesto Che Guevara, ao lado do monumento das vítimas da covid-19. Em Rio das Ostras, a atividade começou por volta das 10h30, em frente à prefeitura do município com carro de som e faixas. As atividades tiveram cobertura ao vivo da Aduff.

“A conjuntura nos apresenta um paradoxo, que é termos como pauta e bandeira do lockdown já, mas não podermos ficar inertes diante das ações genocidas desse governo que não dá trégua. A gente acaba tendo que desenvolver estratégia de luta dentro desse paradoxo, com todos os cuidados possíveis, para dialogar com a população e conseguir estancar esse genocídio que a gente tem vivido, sem antecedentes na história política desse país”, destaca o professor da UFF e integrante da diretoria da Aduff, Rodrigo Torquato.

 

No dia de ontem, o Brasil chegou ao número de 3 mil mortes diárias em decorrência da covid-19 no país. Além de Bolsonaro passar um ano atacando violentamente as medidas de prevenção como o uso de máscaras, o isolamento e distanciamento social e atrapalhando o processo de compra e produção de vacinas - que garantiriam a imunização da população - , o governo da morte e sua base de sustentação também atacam os serviços públicos, com medidas que promovem a retirada de direitos trabalhistas dos servidores que estão nos hospitais, escolas e na produção científica que combate a pandemia, como a Reforma Administrativa (PEC 32) e a PEC 186.

Professores e estudantes também se mobilizaram nas redes e nas ruas hoje para manifestar contrariedade ao retorno presencial das aulas enquanto não haja imunização em massa.

 

“As aulas remotas têm sido difíceis e o retorno às escolas deveria ser prioridade, caso a pandemia estivesse controlada, caso as escolas e comunidades tivessem condições de receber o público em segurança e caso tivéssemos um governo comprometido com a vacinação de todos e todas. Ficar sem escola, sem lojas ou restaurantes é ruim, e todos sabemos disso. Mas o pior é morrer sem conseguir respirar, ainda mais por uma doença para a qual já existe vacina. Pela Vacinação pra todas e todos! Em defesa do SUS, do auxílio emergencial de, no mínimo, 600 reais e do isolamento social! Contra a reforma administrativa e a retirada de direitos da classe trabalhadora!”, diz o Manifesto em defesa da Educação Pública e da Vida de Rio das Ostras, da qual a Aduff é signatária, em conjunto com mais de 30 entidades representativas de estudantes e trabalhadores.

Confira a programação do 24 de março - Dia Nacional de Lutas, Mobilizações, Paralisações e Greves:

 

15h – Live do Andes-SN: Vigília Nacional em Defesa dos Serviços Públicos. Assista em:

18h – Plenária do Andes-RJ: “Docentes Contra o Genocida: defender a vacinação já para todos/as, o lockdown e os serviços públicos para salvar vidas”. Inscrição prévia pelo link http://bit.ly/Plenaria24março.

 

18h - Ato Político (virtual) contra a Reforma Administrativa , promovido pela Frente Parlamentar Mista do Serviço Público, em parceria com o Fonasefe. Assista pelo link da Câmara dos Deputados: https://www.youtube.com/c/CâmaradosDeputadosoficial