Jan
14
2021

Comunidades universitárias se mobilizam contra medida da Prefeitura da Macaé que desaloja setores da UFF e UFRJ

Reunião entre as reitorias das duas instituições e a Prefeitura ocorre nesta sexta-feira (15)

 

Comunidades universitárias se mobilizam contra medida da Prefeitura da Macaé que desaloja setores da UFF e UFRJ / Reprodução de Internet

Docentes, técnicos e alunos da Universidade Federal Fluminense e da Universidade Federal do Rio de Janeiro, em Macaé, seguem mobilizados contra a decisão da Prefeitura Municipal, que, por Ofício 2838/2020 de 30 de dezembro, pediu a desocupação das salas no prédio administrativo da Cidade Universitária até dia 4 de janeiro.  O assunto será tratado em reunião nesta sexta-feira 15, envolvendo as reitorias de ambas as instituições e a representação do governo municipal, que hoje tem à frente o Prefeito Welberth Porto de Rezende (Cidadania). 

A Cidade Universitária, localizada na Granja dos Cavaleiros, conta com quatro prédios, divididos em quatro blocos: A (ocupado pela Faculdade Municipal e pelo Colégio de Aplicação da Prefeitura), B e C (usados pela UFRJ) e D (ocupado pela UFF desde o ano passado). É fruto do acordo firmado há alguns anos entre a Prefeitura de Macaé e as universidades, quando o município se comprometeu com a disponibilização da infraestrutura predial e as universidades, com os recursos humanos e a manutenção dos prédios - o que envolve investimento contínuo em folha de pagamento e custeio de serviços. A presença das Instituições Federais de Ensino Superior ao norte do Estado do Rio de Janeiro também propicia ganhos para a região, como a produção do conhecimento científico e o desenvolvimento da economia ao norte do Estado do RJ. 

No bloco administrativo da Cidade Universitária, prédio da antiga Funemac (Fundação Educacional de Macaé), a prefeitura pretende instalar a Secretaria de Educação. Para isso, quer desalojar a sala dos professores dos cursos de Engenharia, Enfermagem, Farmácia, Medicina, Nutrição e Química e laboratórios de ensino e de pesquisa, bem como locais de guarda de materiais administrativos e didáticos da UFRJ, que oferta doze cursos de graduação e três de pós-graduação na região.

A UFF, que ministra os cursos de Administração, Ciências Contábeis e Direito em Macaé, se perder o espaço, poderá ter afetado os dois serviços que disponibiliza gratuitamente à população local: Centro de Assistência Jurídica (CAJUFF), que presta atendimento jurídico a quem precisa, e o Núcleo de Apoio Contábil e Fiscal (NAF), que auxilia na declaração do imposto de renda, em parceria com a Receita Federal.

“Penso ser excelente a ideia de trazer a Secretaria Municipal de Educação para a Cidade Universitária. Sempre defendi uma maior integração entre o ensino superior e a rede básica, desejando que a Cidade Universitária estivesse mais aberta a esse trânsito. Contudo, para o bem de todas as instituições e pessoas envolvidas, é necessário que a mudança ocorra com a estrutura adequada, o que não é o caso. A UFF se mudou do bloco A para o bloco D, liberando inúmeras salas para abrigar o Colégio Aplicação, que veio para cá. Em relação às salas do Centro de Assistência Jurídica e do Núcleo de Apoio Contábil e Fiscal, que atendem gratuitamente a população de Macaé, além de serem salas muito pequenas, são salas que receberam um investimento do instituto, com a instalação de divisórias fixas e aparelhos de ar-condicionado”, explica Daniel Arruda Nascimento, diretor do Instituto de Ciências da Sociedade de Macaé.

A comunidade universitária organiza petição online contra o ofício da prefeitura de Macaé. 

Da Redação da ADUFF | Por Aline Pereira

Comunidades universitárias se mobilizam contra medida da Prefeitura da Macaé que desaloja setores da UFF e UFRJ / Reprodução de Internet

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