Out
23
2020

No mês da Ciência e Tecnologia, Bolsonaro tenta sabotar vacina contra covid-19 no Brasil

Decisões negacionistas e anticientíficas de Bolsonaro continuam a agravar a pandemia da covid-19 no Brasil

No mês da Ciência e Tecnologia, Bolsonaro tenta sabotar vacina contra covid-19 no Brasil / Agência Brasil

Tradicionalmente realizada em outubro, a “Semana Nacional de Ciência e Tecnologia” ganhou reforço do governo Bolsonaro, que instituiu, neste ano, por meio do decreto nº 10.497/2020, o mês de Outubro como o ‘Mês Nacional da Ciência, Tecnologia e Inovações’. Apesar da iniciativa, não há o que comemorar. 

Na última terça-feira (21), menos de 24h depois do Ministério da Saúde anunciar a inclusão da vacina CoronaVac no Programa Nacional de Imunização do SUS, o presidente do país afirmou em sua rede social que a vacina contra a covid-19, produzida pelo laboratório chinês Sinovac, não será adquirida pelo governo, colocando em cheque a credibilidade da vacina desenvolvida em parceria com o Instituto Butantan, uma das mais avançadas na última etapa de testes com humanos. 

Referência em pesquisa científica e o principal produtor de soros da América Latina e de vacinas consumidas no Brasil, o Instituto Butatan afirmou na manhã desta sexta (23) que aguarda há mais de um mês a liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para importar os insumos da vacina. E que a demora pode impactar no processo de distribuição da CoronaVac.

Em um momento em que o mundo inteiro aposta na imunização coletiva como umas das saídas para a pandemia da covid-19, Bolsonaro tenta boicotar e desacreditar uma vacina por sua origem chinesa, além de levar o debate sobre a vacinação e imunização coletiva no país como uma questão individual e ideológica, e não de saúde pública. As decisões equivocadas, negacionistas e anticientíficas de Bolsonaro e de seu governo agravam ainda mais a pandemia da covid-19 no Brasil, que chega ao final de outubro com mais de 5 milhões de casos confirmados e mais de 150 mil pessoas mortas em decorrência do novo coronavírus. 

Governo planeja corte de quase R$ 1 bilhão no orçamento das universidades e institutos federais

Cortes de R$ R$ 994,6 milhões no orçamento para despesas discricionárias das universidades e institutos federais. É o que o Ministério da Educação (MEC) planeja para 2021. O valor representa uma redução de 17,5% das despesas "não obrigatórias", direcionadas ao pagamento das contas de água, luz, telefone, de serviços terceirizados, obras e de programas de assistência estudantil.

A redução no orçamento consta no Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa) do próximo ano. A medida vai na contramão do que a Aduff vem defendendo. Para a seção sindical, o corte é inadmissível, principalmente num cenário em que as universidades e institutos federais têm tido papel fundamental no desenvolvimento de estudos para o enfrentamento da covid-19, mostrando sua importância e função social.  

A Associação de Docentes da UFF, que sempre defendeu aumento os recursos para a Educação, considera fundamental a majoração do orçamento para a área no período de pandemia e pós-pandemia. “Sem respeito aos estudos e às pesquisas científicas e sem recursos públicos para fazê-las, simplesmente não existe ciência, tecnologia ou inovação”, pondera a presidente da Aduff-SSind, Marina Tedesco.

 

No mês da Ciência e Tecnologia, Bolsonaro tenta sabotar vacina contra covid-19 no Brasil / Agência Brasil

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