Os docentes da Universidade Federal Fluminense (UFF) obtiveram uma importante vitória nesta semana. Após a contratação de um grupo de docentes efetivos no início de setembro, a Universidade começou a convocar professores substitutos para a realização de exame médico admissional.
A paralisação das contratações preocupava departamentos e unidades, que alertaram a Aduff sobre a possibilidade de o déficit de docentes inviabilizar o primeiro semestre letivo de 2020, iniciado no dia 14 de setembro. Em agosto, a Aduff enviou um ofício à Administração da Universidade ressaltando a importância da retomada das contratações para o início do semestre. O documento argumentava a partir da nota técnica emitida pelo Andes-SN, que refutava o parecer da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e afirmava ser possível a realização das contratações no período.
O primeiro parecer emitido pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional concluía haver um marco temporal para a permissão de reposições de cargos vagos contida na lei complementar que congelou salários e restringiu concursos públicos e contratações no período de 28 de maio de 2020 a 31 de dezembro de 2021 (LC 173/2020). Inicialmente, a Procuradoria compreendia que as nomeações de novos servidores estaria limitada a vacâncias ocorridas neste período de dois anos de restrições fixado pela lei. O segundo parecer da Procuradoria, no entanto, reavaliou a questão e deixou de enxergar marco temporal na lei, compreensão defendida pela nota técnica do Andes e pela Aduff.
Após a retomada das contratações e a convocação dos professores efetivos pela UFF em setembro, a Aduff voltou a solicitar informações da Administração da Universidade a respeito do processo de contratação dos substitutos, argumentando que a contratação deles também era possível. Para Marina Tedesco, presidente da seção sindical, embora as contrações ainda sejam insuficientes para resolver a questão do déficit de docentes na Universidade, a convocação de efetivos e substitutos "é importantíssima e e uma vitória da categoria e de todas e todos que lutam em defesa da universidade pública e gratuita".