DA REDAÇÃO DA ADUFF
Manifestação em frente ao Monumento aos Pracinhas, na Glória, ao final da tarde desta sexta-feira (7), prestou homenagem póstuma aos quase 100 mil mortos no Brasil em menos de cinco meses da pandemia do coronavírus. O protesto também responsabilizou o presidente Jair Bolsonaro pela grave situação que o país passa, com mais de mil mortes por dia em decorrência da covid-19, de acordo com os reconhecidamente subnotificados dados oficiais.
O protesto integrou as atividades presenciais e virtuais do Dia Nacional de Luta e de Luto em defesa da vida, dos direitos e dos empregos, convocado por sindicatos, centrais sindicais, movimentos sociais e partidos de esquerda - por meio da Frente Ampla Pelo Fora Bolsonaro e Mourão.
A mobilização nacional defendeu o fim do atual governo sob o argumento, entre outros, de que Bolsonaro comete um crime ao minimizar a pandemia e não agir para combatê-la, enquanto morrem mais de sete mil brasileiros e brasileiras por semana. Os manifestantes afirmam que não há mais como defender a vida sob a gestão de Jair Bolsonaro. Também denunciam que o governo se utiliza da pandemia para retirar direitos da classe trabalhadora.
Reivindicações
Entre as reivindicações do protesto nacional, a realização de uma quarentena de fato por 30 dias, acompanhada de medidas públicas que assegurem renda digna para todos os trabalhadores e pequenos proprietários; garantia de estabilidade no emprego durante a pandemia, com salários integrais; e suspensão de quaisquer medidas de remoção de famílias de ocupações, entre outras demandas sociais. A suspensão do pagamento da dívida pública para os grandes credores, com realização de uma auditoria, e a taxação das grandes fortunas foram apontadas como medidas para arrecadar recursos para financiar estas propostas.
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Hélcio Lourenço Filho