Jul
01
2020

#BrequeDosAPPs: em dia de atos e paralisações, entregadores recebem apoio nas ruas e nas redes

Greve dos entregadores de aplicativos é abraçada por diversos setores da classe trabalhadora e é um dos assuntos mais comentados no Twitter nesta quarta-feira (1)

Entregadores em manifestação na av. Presidente Vargas, no Centro do Rio Entregadores em manifestação na av. Presidente Vargas, no Centro do Rio / arquivo pessoal

DA REDAÇÃO DA ADUFF

Trabalhadores de aplicativos de entrega em casa iniciaram o protesto no Rio, nesta quarta-feira (1), na av. Presidente Vargas, no Centro da cidade. De lá, saíram em direção à Zona Sul, recebendo apoio da população em muitos locais pelos quais passavam e paravam. Houve manifestação também em Niterói e em dezenas de cidades do país, no "Breque dos APPs", dia nacional de paralisação e de atos por melhores condições de trabalho.

O movimento pediu apoio aos demais trabalhadores à greve: divulgando-a, não fazendo pedidos nessas 24 horas a serviços como Ifood, Rappi e Uber Eats e avaliando negativamente, por superexploração e insegurança sanitária, todos os aplicativos de serviço de entrega em que estiver cadastrado. Houve expressivo apoio ao movimento nas redes sociais e estava entre os cinco assuntos mais comentados do Twitter nesta quarta-feira.

São pontos centrais de reivindicações o aumento no valor das corridas e da taxa mínima das entregas; seguro de vida; cobertura contra roubos e acidentes; vale-alimentação; e voucher para compra de equipamentos de proteção individual. Também demandam o fim dos bloqueios injustificados de entregadores nos aplicativos - o que está sendo apontado como retaliação aos protestos. 

O reconhecimento do vínculo empregatício com as empresas não integra a pauta deste dia de protestos, mas é uma demanda que vem sendo debatida por parcela dos entregadores e que, inevitavelmente, acaba sendo levantada. 

DA REDAÇÃO DA ADUFF

Entregadores em manifestação na av. Presidente Vargas, no Centro do Rio Entregadores em manifestação na av. Presidente Vargas, no Centro do Rio / arquivo pessoal