Mai
08
2020

Em ato na terça 12, Sintuff vai distribuir máscara e denunciar a falta de condições no Huap

Protesto vai homenagear trabalhadoras mortas pela Covid e exigir EPI e grau máximo de insalubridade para todos os servidores ativos no hospital, testes de Covid-19 em massa, transparência das informações, liberação dos grupos de risco sem cortes de benefícios e novas contratações.

Da Redação da ADUFF

A Federação dos Servidores das Universidades Brasileiras (FASUBRA) e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Universidade Federal Fluminense (Sintuff) convocam ato em defesa dos profissionais da saúde em frente ao Hospital Universitário Antonio Pedro (HUAP), no Centro de Niterói, no próximo dia 12 de maio, quinta-feira, às 14h. O protesto ocorrerá no Dia Internacional da Enfermagem e será em memória das servidoras, Luciana Roberto de Souza e Inês Procópio, lutadoras da linha de frente no enfrentamento à pandemia de COVID-19, e que faleceram recentemente em decorrência do vírus.

Durante o ato, o Sintuff distribuirá máscaras de pano com dizeres “Fora Bolsonaro e Mourão” e entregará 300 protetores faciais para os servidores do HUAP. De acordo com o Sintuff, os trabalhadores reivindicam Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para todos os profissionais do Hospital Universitário e grau máximo de insalubridade para o conjunto dos servidores que estão ativos no hospital, testes de Covid-19 em massa, transparência das informações, liberação dos grupos de risco sem cortes de benefícios e novas contratações.

Em transmissão na página do sindicato no Facebook, realizada na tarde desta sexta-feira 8, os dirigentes e a advogada do Sintuff expuseram que a realidade vivida pelos profissionais do hospital tem sido bem difícil e que eles muitas vezes não condizem com as informações prestadas pela administração da unidade. Houve críticas ao projeto de desmonte do Sistema Único de Saúde e ainda à presença da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ebserh como gestora do Huap.

Foi dito também que há muitos trabalhadores, entre servidores públicos concursados e os contratados pelas terceirizadas, afastados ou por suspeita e ou por confirmação de ter contraído a Covid-19. Além disso, ainda há carência de equipamentos de proteção individual para todos os profissionais.  

“A saúde da população não é interesse do governo Bolsonaro, ele quer fazer bonito para empresário; vide o que fizeram – rapidamente liberaram dinheiro para banqueiros e dificultaram ao máximo a liberação dos R$600 para os trabalhadores, que se aglomeram na porta da Caixa Econômica”, disse Izabel Firmino. “Bolsonaro pratica política racista e genocida”, afirmou a servidora.  

*Solidariedade da Aduff*

Marina Tedesco, presidente da Aduff, disse que a seção sindical é solidária aos trabalhadores e trabalhadoras do Huap e que segue firme na luta contra a política de desmonte do SUS e de banalização da vida, a exemplo do que discursa e pratica o presidente da República, Jair Bolsonaro. “Todos os que atuam nos hospitais, postos de saúde e clínicas de família, em todas as áreas - atendimento, limpeza, nutrição, enfermagem, médica - estão na linha de frente de contenção da Covid-19 e necessitam estar protegidos para que não adoeçam”, disse.

Para a dirigente sindical, é inadmissível que os governos federais, estaduais e municipais continuem implementando medidas que precarizam e privatizam a saúde, os serviços e os servidores públicos. 

Da Redação da ADUFF
Por Aline Pereira, com informações do Sintuff

Additional Info

  • compartilhar: