A Associação de Docentes da UFF tem empreendido ações de solidariedade aos trabalhadores afetados pela conjuntura de pandemia causada pelo Covid-19. No primeiro momento, houve disponibilização de recursos a moradores de comunidades carentes no Rio de Janeiro e em Niterói e de assentamentos rurais do Estado do Rio de Janeiro. O Fórum Sindical e Popular de Niterói, que conta com a participação da Aduff-SSind e diversos movimentos sociais da cidade, se organiza para captar cestas básicas e distribuir para comunidades carentes do em torno.

A Aduff também adquiriu impressora 3D para contribuir com a produção de máscaras, visando atender aos profissionais de saúde, colaborando com o projeto social do professor James Hall, da Engenharia UFF.

De acordo com Carlos Augusto Aguilar Junior, docente do Coluni e membro da diretoria da seção sindical, as ações de solidariedade são extremamente importantes no atual contexto, pois a classe trabalhadora é sempre a primeira a sofrer as consequências de qualquer crise econômica. “O sindicato não está insensível à dor de quem passa fome, estamos nos movimentando, pois, a classe trabalhadora está sendo aplacada por essa pandemia de forma brutal”, disse.

Para ele, no entanto, é necessário explicar que a ação de solidariedade dos sindicatos não substitui a ação do poder público, que é financiado pelos impostos pagos por tudo que os trabalhadores produzem e consomem. “Esse dinheiro é público e não é do governo. Portanto, deve retornar para quem mais precisa nesse momento”, considera o professor.

Segundo Carlos Augusto, é preciso observar ainda que o governo federal inicialmente ofereceu uma ajuda básica de R$200 – valor que, segundo o Ministro da Economia Paulo Guedes, daria para comprar duas cestas básicas. “Foi o Congresso Nacional que triplicou o valor – hoje em R$600 - e ainda assim as pessoas têm tido dificuldades para realizar o cadastramento para receber tal auxílio”, disse o dirigente sindical. Ele adverte que o próprio governo, para minimizar os efeitos da crise, adotou ações mais benevolentes com os bancos e o grande empresariado do que com o povo trabalhador. “As medidas do governo federal autorizaram suspensão de contratos quando os trabalhadores mais deveriam estar protegidos”, avaliou o dirigente sindical.

Da Redação da ADUFF
Por Aline Pereira