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Mar
31
2020

Em meio à pandemia do Covid-19, UFF e Ebserh têm cinco dias para garantir EPI aos trabalhadores do Huap

Decisão judicial também determina que hospital viabilize trabalho remoto para profissionais que integram grupo de alto risco 

 

Por decisão judicial favorável ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFF (Sintuff) no contexto de pandemia do Covid-19, a Universidade Federal Fluminense e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) têm até 5 dias para garantir o fornecimento de equipamento de proteção individual (EPI) necessário aos funcionários do Hospital Universitário Antônio Pedro.

A UFF e a Ebserh também devem viabilizar condições para o trabalho remoto, com a dispensa do controle de ponto, aos profissionais da área de enfermagem, médica e assistencial que sejam pertencentes ao grupo de alto risco - portadores de doenças crônicas ou graves e imunodeficientes. 

Marcia Carvalho – diretora do Sintuff, servidora do huap e profissional de Enfermagem – explica que são necessários EPIs mais completos para lidar com a questão da pandemia provocada pelo Coronavírus. "Sabemos que há falta de materiais no mercado, porém, não podemos arriscar a vida", considera. De acordo com ela, as máscaras cirúrgicas são finas e, muitas vezes, as trabalhadoras compram equipamentos de proteção com os próprios recursos.

A servidora conta que o Huap está sendo preparado para lidar com os possíveis casos de Covid-19. "Destinaram o 7º andar e algumas salas de exames e leitos na ala da emergência. Há também mais respiradores do que os que já existiam antes", conta. 

Para adequar-se à realidade, o Huap suspendeu temporariamente cirurgias eletivas e só manteve os exames considerados essenciais. No entanto, para Márcia, os gestores ainda precisam otimizar os canais de comunicação com os trabalhadores. "Precisamos de informações para evitar conflitos entre os diversos setores do Huap. E muitas vezes a comunicação é falha”, explica.

Para Aduff, Ebserh é modelo empresarial de gestão

"É inaceitável q um sindicato tenha que entrar na justiça para conseguir que a UFF e a Ebserh cumpram a lei - tanto em relação aos EPIs quanto à questão do trabalho remoto para funcionários de alto risco", diz Marina Tedesco, presidente da Aduff.  

Para ela, tal situação evidencia o problema de subfinanciamento do hospital universitário não seria resolvido com a entrega da gestão do Antonio Pedro à uma empresa de direito privado, como a Aduff sempre alertou à comunidade.  

"O momento tem evidenciado para a sociedade a urgente e necessária defesa do Sistema Único de Saúde - SUS, que não pode ser tratada de forma empresarial, tal como faz a Ebserh", avalia a dirigente sindical.

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