Fev
11
2020

Em nota, Reitoria da UFF alerta para mais cortes orçamentários na Universidade, em 2020

Pró-Reitoria de Planejamento da Universidade analisou os dados Lei Orçamentária Anual (LOA), aprovada pelo Congresso Nacional para o exercício de 2020 e sancionada pelo Presidente da República. 

Em nota publicada na tarde desta terça-feira (11), a reitoria da Universidade Federal Fluminense divulgou estudo técnico realizado pela Pró-Reitoria de Planejamento da Universidade que diagnostica dois problemas orçamentários graves para o ano de 2020. A redução de quase 4% da verba discricionária em relação a 2019, cerca de R$ 8,1 milhões a menos, se comparado a 2019, atingindo diretamente os recursos de custeio, capital e assistência estudantil. E o bloqueio de 40% do orçamento global, impactando, inclusive, gastos com pessoal. Os dados analisados são da Lei Orçamentária Anual (LOA), aprovada pelo Congresso Nacional para o exercício de 2020 e sancionada pelo Presidente da República. Veja aqui a nota na íntegra: http://www.uff.br/?q=node/15737

Para a presidente da Aduff-SSind, Marina Tedesco, os cortes no orçamento da UFF vão, na prática, tornar quase inviável o funcionamento da universidade. “O que esperamos da Reitoria é que não seja apenas uma gestora da crise, mas que lute fortemente e se engaje na luta que exortamos toda a comunidade acadêmica a fazer, em defesa da universidade pública funcionando de fato, e não apenas formalmente aberta. Esses cortes e o que vai acontecer a partir deles têm que ser debatido amplamente por toda a comunidade acadêmica da UFF”, destaca a docente.

Marina antecipa um aprofundamento gigantesco na evasão estudantil, que tem aumentado nos últimos anos, “embora já fosse significativa na UFF devido à expansão precarizada que ocorreu nas últimas décadas”. Ela cita a inviabilização de pesquisas e laboratórios por falta de estrutura e destaca o congelamento salarial e das progressões. “Esses cortes também chegarão na gente, como nós estamos avisando há bastante tempo, mesmo que antes do que ocorreria diante da EC 95 e da própria PEC Emergencial que o governo tenta implementar. Sem a luta coletiva e o envolvimento de todas e todos, teremos professores e técnicos desmotivados, estudantes sem condição de frequentar a universidade e a produção do conhecimento altamente comprometida”, prevê.

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