Out
18
2019

ANDES-SN vai à Justiça contra ofensa de ministro a docentes

De acordo com o ANDES, as afirmações do ministro da Educação são falaciosas e não correspondem à realidade das atribuições dos docentes. 

O ANDES-SN impetrou ação judicial contestando as declarações do ministro da Educação, Abraham Weintraub, que, recentemente, afirmou que, para recompor o orçamento do MEC, vai “atrás das zebras gordas, que é o professor de uma federal, com dedicação exclusiva, que dá oito horas de aulas por semana e ganha de R$ 15 mil a R$ 20 mil por mês”. O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior, no âmbito da lei, requer explicações ao ministro, na expectativa de que ele se retrate, e solicita danos morais por entender que a afirmação do representante do Estado tem o intuito de colocar a sociedade contra os professores e as universidades públicas. 

De acordo com o ANDES, as afirmações do ministro da Educação são falaciosas e não estão amparadas por um estudo sério e pertinente sobre o tema, considerando que o trabalho docente está limitado ao âmbito da sala de aula. 

O ANDES-SN publicou nota pela qual repudia veementemente as declarações de Weintraub, feitas durante o 21º Fórum Nacional da Educação Superior Particular, em outubro. Na mesma oportunidade, o ministro se comprometeu a reduzir a fiscalização e facilitar a abertura de novos cursos e/ou faculdades privadas e manifestou que pretende transferir verbas públicas para o setor privado: “Preciso do suporte das bases e das bancadas dos senhores para passar o “Future-se” e, assim, ter verbas para financiar o ensino privado”, falou.

Em documento público, o Sindicato Nacional considerou que as afirmações do ministro evidenciavam desconhecimento sobre a natureza da atividade docente ou má-fé. Para o Andes, “as declarações revelam seu compromisso com o mercado e com os empresários da educação – as verdadeiras zebras que estão se esbaldando com as fartas possibilidades de apropriação privada do fundo público, criadas pela agenda ultraliberal do governo Bolsonaro”.

DA REDAÇÃO DA ADUFF | Por Aline Pereira

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