Como definido em plenária unificada dos três segmentos, a comunidade universitária da UFF compareceu na manhã de hoje (02) à reunião do Conselho Universitário (CUV), mantida nesta quarta apesar da Greve Nacional de 48H da Educação, para defender que o Conselho aprovasse o apoio e a adesão da UFF à greve dos dias 2 e 3 de outubro. Na principal instância de deliberação da Universidade, representantes da Aduff, do Sintuff, do DCE e de outros coletivos do movimento estudantil defenderam o abono dos dias de trabalho e de estudo durante a paralisação, reivindicando a legitimidade das categorias de deliberarem pela adesão à greve convocada pelas entidades da Educação, e a unidade na luta contra os ataques orçamentários e de difamação que as Universidades públicas vêm sofrendo no Governo Bolsonaro.
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2019
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'Greve de 48H’ vai ao CUV, que termina sem deliberação por falta de quórum
A partir das 13h, comunidade universitária de Niterói estará nos arredores do Terminal Rodoviário com o 'UFF na Praça'
Foto: Zulmair Rocha, para Aduff-SSi
Na reunião, técnicos-administrativos protestaram contra o corte de ponto e contra o aumento da jornada de trabalho que veio com a implementação do ponto eletrônico na universidade. Sem a presença do reitor e do vice-reitor da UFF, a reunião não atingiu o quórum para deliberação. A decisão de manter a reunião do Conselho Universitário durante a greve nacional em defesa da Educação foi questionada pelos presentes, ainda mais sem a garantia do quórum para que o Conselho fosse deliberativo. Duas moções de repúdio também foram apresentadas na reunião desta quarta (02), em comum acordo entre as entidades representativas do três segmentos.
Uma sobre a decisão da Reitoria da UFF de impedir atividade organizada pela Associação Brasileira de Juristas pela Democracia, na Faculdade de Direito da UFF. Intitulada #MoroMente, o evento foi censurado pela administração da Universidade atendendo requerimento do MEC, mas garantido através de decisão liminar obtida na Jutisça Federal de Niterói. A outra sobre a ida do ex-reitor Sidney Mello ao Ministério da Educação para gravar vídeo em que declara apoio ao projeto Future-se, desrespeitando decisão do Conselho Universitário e de assembleia comunitária na UFF de rejeição unânime ao Future-se.
As moções de repúdio serão reapresentadas ao Conselho na próxima reunião, bem como a proposta de abono dos dias de trabalho e estudo durante a paralisação desta quarta e quinta-feira. “Nós temos perdido muitos direitos trabalhistas, mas ainda temos direito de paralisação e de greve e ninguém aqui ou em qualquer instância da administração da Universidade pode cercear trabalhadoras e trabalhadores no seu direito”, destacou a presidente da Aduff, Marina Tedesco, em fala no Conselho Universitário.
Da Redação da Aduff | Por Lara Abib
Foto: Zulmair Rocha, para Aduff-SSi
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