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Set
27
2019

Primeiro dia da Greve de 48h na UFF terá ato no Conselho Universitário

Estudantes, técnicos e docentes realizaram plenária unificada na noite desta quinta (26), quando trataram da organização das atividades da paralisação nacional dos dias 2 e 3 de outubro

 

Plenária no Gragoatá, na quinta-feira (26) Plenária no Gragoatá, na quinta-feira (26) / crédito: Luiz Fernando Nabuco - Aduff

DA REDAÇÃO DA ADUFF

A plenária dos três segmentos universitários da UFF, ocorrida na noite desta quinta-feira (26), no Bloco A do campus Gragoatá, em Niterói, aprovou a realização de um ato público durante o próximo Conselho Universitário (CUV).

A proposta é que a comunidade acadêmica leve ao colegiado moções que retratem a insatisfação assinalada na plenária com dois episódios recentes: a tentativa do Ministério da Educação, acatada pela Reitoria, de impedir a realização do ato “#MoroMente”, na Faculdade de Direito da UFF, no Ingá, em Niterói; e a ida do ex-reitor Sidney Mello ao Ministério da Educação para gravar vídeo em que declara apoio ao projeto Future-se, que já foi rejeitado pelo Conselho Universitário e por assembleia comunitária na UFF.

A Reitoria proibiu a realização do ato - organizado pela Associação Brasileira de Juristas Pela Democracia (ABJD) em conjunto com outras entidades. Mas mandado de segurança ajuizado em conjunto pelos organizadores, pelo diretor da faculdade e pela Aduff-SSind derrubou a determinação da administração central da universidade. O ato aconteceu e o Salão Nobre ficou pequeno para a quantidade de pessoas que compareceram - tendo sido instalado um telão em outra sala para que quem não conseguiu entrar pudesse assistir ao evento.

Já o ex-reitor gravou junto com o ministro da Educação, Abraham Weintraub, um breve depoimento favorável ao projeto, e que foi prontamente divulgado pelo titular da pasta. Weintraub é conhecido pela hostilidade com  que trata professores, técnicos e estudantes e já desrespeitou cinco resultados eleitorais em universidades, acertando com o presidente Jair Bolsonaro a nomeação de candidatos menos votados e rejeitados pelas respectivas comunidades acadêmicas. “Vamos levar a nossa insatisfação com esses dois acontecimentos, que não representam o que vem defendendo a comunidade universitária na UFF”, disse, à reportagem, a professora Marina Tedesco, presidente da Associação dos Docentes da UFF (Aduff-SSind) - seção sindical do Andes-SN.

DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Hélcio Lourenço Filho

Plenária no Gragoatá, na quinta-feira (26) Plenária no Gragoatá, na quinta-feira (26) / crédito: Luiz Fernando Nabuco - Aduff