DA REDAÇÃO DA ADUFF
A etapa de Niterói da assembleia descentralizada dos docentes da UFF foi realizada nesta quarta-feira (11), no Salão Nobre da Faculdade de Direito, no Ingá.
Foram debatidos os seguintes pontos de pauta: 1-Informes; 2-Conjuntura e Future-se; 3-Greve Nacional da Educação (48 horas); 4-Paralisação no dia 18/09 – Ato em defesa da UFF, contra o Future-se e os cortes; 5-Eleição da Comissão eleitoral para CR de Campos
Conjuntura e Future-se
Depois dos informes habituais, ocorreu a discussão sobre a conjuntura política, que abordou o acirramento da retirada de direitos sociais, trabalhistas e previdenciários pelo governo Bolsonaro.
Houve críticas ao "Future-se", o projeto do governo federal para o ensino superior público a partir de parceria com a iniciativa privada e a contratação de "Organizações Sociais" para gerir as instituições de ensino, pesquisa e extensão.
O 'Future-se' foi rejeitado pela UFF na última sessão do Conselho Universitário, no dia 4 de setembro. De acordo com Waldyr Castro, diretor do sindicato, universidade e sociedade já sofrem o impacto dos retrocessos e da política de estrangulamento financeiro imposto pelo governo. "Como vamos mobilizar as universidades todas e agregar esse movimento da Educação para um espectro mais amplo? Este é nosso desafio", disse.
Greve Nacional da Educação
"Temos que assumir que não há diálogo com esse governo e que a greve está posta no horizonte", disse Reginaldo Costa, diretor da Aduff, ao defender a paralisação como forma de reagir ao autoritarismo do governo.
Para ele, é preciso batalhar uma manifestação unitária dos três segmentos da UFF, envolvendo estudantes e trabalhadores.
O professor Júlio Figueiredo disse que a conjuntura é adversa e que é preciso manter a mobilização sem perder a greve como horizonte.
A professora Sônia Lúcio reforçou a defesa da unidade. Ela defendeu como data e construção para uma possível paralisação de 48 horas em 2 e 3 de outubro. Para estes dias dias, está prevista a paralisação de trabalhadores de estatais. A ideia, disse a docente, é que a Educação também se mobilize nesses dias e a data se constitua num dia expressivo de protestos no país.
O professor Reginaldo Costa, diretor da Aduff, leu o comunicado do Andes-Sindicato Nacional pelo qual era indicada as datas de 2 e 3 de outubro como data unificada de Greve Nacional da Educação, proposta que será avaliada na reunião do Setor das Federais de 12 de setembro.
18 de setembro
Foi sugerido que no dia 18 ocorra ato unitário (docentes, técnicos e discentes) em defesa da UFF, contra os cortes e o 'Future-se' e ainda exigindo a apuração do recente princípio de incêndio ao prédio do DCE-Fernando Santa Cruz. Também foi sugerido que o Fórum Sindical e Popular de Niterói seja convidado a se integrar à manifestação programada para este dia. Além disso, haveria a atividade de panfletagem, convocando para a "Greve Nacional da Educação" de 48h. Também foi discutida a possibilidade de uma Assembleia Comunitária para o dia 25 de setembro, que deverá ser proposta a reunião dos 3 setores e ao 'Fórum Sindical e Popular de Niterói'.
A assembleia descentralizada convocada pela Aduff ocorreu em sete etapas, realizadas também em Friburgo, Angra dos Reis, Rio das Ostras/Macaé, Santo Antônio de Pádua, Campos dos Goytacazes e Volta Redonda. As resoluções e propostas aprovadas decorrem da soma das votações que tenham ocorrido em cada uma dessas etapas - o que será divulgado pela Aduff-SSind.
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Aline Pereira