Ago
22
2019

Na etapa de Angra dos Reis, assembleia rejeita "Future-se" e defende intensificar mobilização

“Foi unânime o entendimento de que é preciso, primeiro, reforçar a mobilização, construir pontes para que a greve esteja no horizonte de luta da categoria”, disse um dos docentes 

A etapa da Assembleia Geral Descentralizada dos Docentes da UFF de Angra dos Reis aconteceu ao final da tarde da terça-feira (20) – mesmo dia em que ocorriam debates nos campi da UFF em Rio das Ostras/Macaé, Campos dos Goytacazes, Santo Antônio de Pádua e Volta Redonda. Em Friburgo, a assembleia foi realizada na segunda-feira 19; em Niterói, na quarta-feira (21).  Todas as localidades debateram o mesmo ponto de pauta – “Conjuntura e Future-se”; “Discussão de indicativo de Greve nas Universidades, Institutos e CEFETs”; “Eleição de Delegados para o Congresso da CSP-Conlutas” e “Eleição do Conselho de Representantes - Campos dos Goytacazes”.

Em Angra, a totalidade dos presentes rejeitou a proposta do governo para as instituições federais de ensino superior, o “Future-se”, que, para eles, representa a privatização da universidade pública e a subordinação do conhecimento aos interesses do mercado. “Querem submeter a universidade e o recebimento de verbas à racionalidade empresarial, modelo este que vai afetar ainda mais os campi fora da sede.  Nesses espaços as condições de trabalho são muito mais precarizadas. O ponto central da luta contra o 'Future-se' é a defesa da autonomia científica, de produção de conhecimento sem se submeter à lógica do mercado. Mas para além da questão de princípio, do ponto de vista fático, se o 'Future-se' for implementado, os campi do interior vão minguar ainda mais por falta de verbas”, avaliou Rafael.

As posições dos professores em Angra dos Reis também foram favoráveis à construção da mobilização no campo da Educação, visando o fortalecimento da categoria para resistir e enfrentar o projeto governista de desmonte da universidade pública, inclusive com uma greve do setor, se necessária ela for. “Foi unânime o entendimento de que é preciso, primeiro, reforçar a mobilização, construir pontes para que a greve esteja no horizonte de luta da categoria”, disse.  

A assembleia ainda se posicionou pela autorização para que seja feita uma nova eleição para o Conselho de Representantes em Campos dos Goytacazes, que se encontra sem representação. Indicou que a eleição dos delegados para o Congresso da CSP-Conlutas seja definida na próxima assembleia.

O professor Rafael Vieira avaliou positivamente este espaço de debates. “Foi a assembleia descentralizada mais cheia que tivemos aqui, com 18 docentes - o que equivale a mais de um terço dos docentes que temos no Instituto", considerou. 

DA REDAÇÃO DA ADUFF | Por Aline Pereira

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