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Ago
22
2019

Assembleia Comunitária na UFF rejeita Future-se e convoca luta para defender universidade pública

Assembleia que reuniu estudantes, docentes e técnicos foi unânime na rejeição ao projeto do governo federal para as universidades

 

Assembleia comunitária da UFF rejeitou o ‘Future-se’, o programa apresentado pelo governo de Jair Bolsonaro para o ensino público superior federal no Brasil. Também definiu uma série de atividades para defender a universidade e combater o projeto que o Ministério da Educação tenta implantar. A primeira delas é a realização de um ato no próximo Conselho Universitário, marcado para o dia 4 de setembro. Uma comissão foi formada para organizar as atividades. A assembleia comunitária se repetirá nos demais polos da Universidade Federal Fluminense no estado, o que deve ser convocado em breve.

Realizada na noite da quarta-feira (21), no pátio do Ichf (Instituto de Ciências Humanas e Filosofia), no campus do Gragoatá, em Niterói (RJ), a assembleia reuniu estudantes, docentes e técnicos-administrativos - trabalhadores terceirizados também foram convidados a participar. A rejeição ao Future-se foi unânime e permeou toda a discussão transcorrida nas quase três horas de duração da reunião. Não houve uma única defesa sequer do Future-se - todas as manifestações de estudantes, professores e técnicos se posicionaram contra o projeto.

A convocação da assembléia foi aprovada no Conselho Universitário (CUV), a partir de proposta conjunta apresentada pela Aduff-SSind, Sintuff, DCE-Fernando Santa Cruz e outras organizações estudantis. “A assembleia comunitária contou com um grande número de participação de docentes, de técnicos e principalmente de estudantes, que vieram de todos os polos da UFF. A Aduff e o Sintuff garantiram ônibus [para o deslocamento] por entender que essa assembleia comunitária era o espaço prioritário de construção desta luta”, disse, ao final da atividade, a professora Marina Tedesco, presidente da Aduff.

No início da assembleia, que começou pouco antes das 19 horas, as entidades representativas dos segmentos universitários locais e nacionais falaram e expuseram as suas posições. Pela Aduff falou a professora Marina Tedesco, enquanto pelo Andes-Sindicato Nacional falou a professora Eblin Farage. Ambas defenderam a unidade de todos os segmentos universitários para impedir o Future-se, considerado um ataque sem precedentes ao ensino superior público e que poderá levar à privatização e à perda da autonomia das instituições. Também falou um representante da Reitoria. Na sequência, foram abertas as inscrições para avaliações.

A assembleia aprovou um calendário de mobilização que inclui o ato no dia 4 durante o Conselho Universitário, participação conjunta no Grito dos Excluídos de 7 de setembro e uma nova manifestação em defesa da UFF, contra os cortes orçamentários e pela rejeição do Future-se no dia 18 de setembro. “O ato do dia 4 será para defender que a nota de repúdio [aprovada na última reunião do CUV] se traduza na rejeição ao Future-se. A fala da Reitoria nos preocupa muito: como é que a gente vai estudar, como não temos posição se tiramos uma nota de repúdio? A gente aprova alguma coisa que a gente repudia? Vamos todo mundo para o CUV no dia 4”, convocou Marina Tedesco.

DA REDAÇÃO DA ADUFF | Por Hélcio Lourenço Filho
Fotos: Assembleia comunitária na UFF discute o Future-se
autor: Zulmair Rocha - Aduff

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