Ago
14
2019

Protesto no Rio reúne milhares, debaixo de chuva, em defesa da Educação e contra reforma da Previdência

Manifestações em todos os estados e no Distrito Federal defendem o fim dos cortes orçamentários, rejeitam o 'Future-se' e dizem não á reforma da Previdência

Final da manifestação conjunta no Rio, em frente à Petrobrás Final da manifestação conjunta no Rio, em frente à Petrobrás / Luiz Fernando Nabuco - Aduff

DA REDAÇÃO DA ADUFF

Sob chuva em um dia de ventos fortes no Rio, milhares de estudantes e trabalhadores ocuparam o Centro da capital fluminense, na tarde e início da noite desta terça-feira (13), dia nacional de mobilização unificada e de greve na educação. Houve manifestações em mais de cem outras cidades pelo país, entre elas em vários municípios do Estado do Rio, muitas destas com participação da comunidade universitária da UFF.

Os manifestantes levaram às ruas bandeiras, faixas e palavras de ordem contra os cortes no orçamento da educação, defenderam a rejeição do projeto do governo Bolsonaro para as universidades federais (Future-se), discursaram pelo direito à aposentadoria e pela não aprovação da reforma da Previdência. Em diversos momentos, ressaltaram a necessidade de combater as ameaças que pairam sobre as liberdades democráticas, diante das posições defendidas pelo presidente da República.

A presença de estudantes foi expressiva - o ato foi convocado inicialmente pela UNE (União Nacional dos Estudantes) e entidades da área da educação, mas logo depois teve a adesão das centrais sindicais e de uma série de outras organizações sindicais e populares, que construíram conjuntamente os atos.

Docentes, técnicos e estudantes da UFF participaram do protesto, assim como as comunidades escolares de uma série de outras instituições de ensino superior. A Aduff-SSind, seção sindical do Andes-SN, convocou e compareceu ao ato e esteve representada ao longo do dia em uma série de atividades em defesa da educação pública e do direito à aposentadoria. A professora Tatiana Bagetti, da UFF em Nova Friburgo, disse que a participação nas mobilizações é muito importante nesse momento para deter os ataques à educação e evitar novas investidas do governo. “Temos que estar nas ruas”, defendeu.

Chamou a atenção a presença em grande número de mulheres, nitidamente em maioria no ato. “Foi uma passeata bonita, de baixo de chuva, com todas as dificuldades e reuniu muita gente. Vejo que as pessoas, se chamadas, estão [dispostas] a aderir”, disse a professora da educação básica estadual Claudia Rocha, para quem as mobilizações devem continuar e ocupar as ruas para evitar a retirada de direitos.

DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Hélcio Lourenço Filho (texto) e Luiz Fernando Nabuco (fotos)

Final da manifestação conjunta no Rio, em frente à Petrobrás Final da manifestação conjunta no Rio, em frente à Petrobrás / Luiz Fernando Nabuco - Aduff