Jul
19
2019

Diretoria da Aduff convida para Assembleia Geral Centralizada no dia 25

"Future-se”, o  programa de reestruturação do financiamento do ensino superior público lançado pelo MEC, é tema em debate na assembleia

A Diretoria da Aduff convida para a Assembleia Geral Centralizada dos Docentes da UFF no próximo dia 25 de julho (quinta-feira), às 15h, no Auditório da Matemática (Bloco G), campus do Gragoatá (Niterói).

Além dos habituais informes, são pontos de pauta: “Conjuntura e desafios para a UFF”; “Future-se”; 3. “Calendário de lutas:  13/8 – Greve Nacional da Educação e 14/8 – Marcha das Margaridas.

Conjuntura e desafios para a UFF

A administração central da Universidade Federal Fluminense admitiu, em reunião com a diretoria da seção sindical, que se a política de contingenciamento orçamentário se mantiver, não haverá recursos para garantir o funcionamento da UFF no próximo semestre.  Em nota recente, a reitoria informa que teve cerca de R$52 milhões bloqueados pelo governo em maio deste ano. Diz ainda que as despesas básicas da instituição, entre água, energia elétrica, bolsas e contratos de prestação de serviço terceirizados custam R$16,7 milhões mensais aproximadamente. No entanto, o orçamento aprovado para 2019  antes do aprofundamento da política de estrangulamento econômico, previa custeio de R$14,1 milhões mensais - já aquém das necessidades da Universidade.

“Future-se”

Future-se” é o nome do programa de reestruturação do financiamento do ensino superior público lançado pelo Ministério da Educação, em Brasília, no dia 17 de julho. Enquanto a proposta era apresentada aos reitores no prédio do Inep, ocorriam protestos do movimento sindical e estudantil nas ruas contra o plano que, no entendimento dos manifestantes, estimula a privatização da Educação Pública e fragiliza a autonomia universitária.

O programa do governo Bolsonaro permite que as Universidades e Institutos Federais recorram voluntariamente, segundo o ministro Abraham Weintraub as empresas para obter recursos para sobreviver à política de contingenciamento de verbas aprofundada pelo próprio governo federal e que tem ameaçado o funcionamento do ensino, pesquisa e extensão públicas.

O plano prevê comodato ou cessão dos prédios e lotes; criação de fundos patrimoniais e doações de empresas privadas para financiamento de pesquisas, contratos de gestão compartilhada; vender nomes de campi e edifícios a bancos e seguradoras, por exemplo, como acontecem com os estádios de futebol.

A Diretoria do Andes-SN e da Aduff se posicionaram contrariamente ao "Future-se" por entender que o projeto legitima o processo de privatização da Universidade Pública ao desresponsabilizar o Estado da obrigação constitucional de fornecer Educação Pública de qualidade. Além do mais, para o Sindicato Nacional e a seção sindical dos docentes da UFF, o "Future-se" é uma ameaça a autonomia universitária, que estará subordinada aos interesses dos grandes empresários.

Calendário de lutas:  13/8 – Greve Nacional da Educação e 14/8 – Marcha das Margaridas

A urgente necessidade de defesa da Universidade Pública e da luta contra a reforma da previdência do governo Bolsonaro levam a categoria à construção da Greve Nacional da Educação, com paralisação de 24 horas, no dia 13 de agosto.
A data foi inicialmente convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), juntamente com outras entidades representativas da classe, entre elas a Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas).

Em meio a uma conjuntura de tantos retrocessos, mulheres se unem e convidam para a participação na Marcha das Margaridas - evento coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), em parceria com diversos movimentos feministas, sindicais e sociais além de parceiros internacionais - que ocorre nos dias 13 e 14 de agosto em Brasília.

A Marcha das Margaridas acontece a cada quatro anos, desde 2000, tendo como referência a liderança camponesa Margarida Alves que foi assassinada por defender os direitos das trabalhadoras e trabalhadores rurais. Tem por objetivo levar as propostas de milhares de mulheres que produzem alimentos saudáveis e sem veneno e que lutam por um país sem exploração, contra todas as formas de violência e em defesa da igualdade, autonomia, da soberania alimentar e liberdade. Essa ação estratégica busca conquistar visibilidade, reconhecimento político e social e cidadania plena.

Da Redação da Aduff