Jul
16
2019

Com violência, policiais reagem ao prostesto de docentes e estudantes no MEC

A professora Marina Tedesco, presidente da Aduff-SSind, permaneceu na capital federal para integrar as atividades do Comando de Mobilização organizado no âmbito do Sindicato Nacional, após participar do 64º Conselho do Andes-SN - Conad, realizado há poucos dias em Brasília. A Aduff-SSind e o Andes-SN já se posicionaram em nota contra o "Future-se" - projeto de reforma da “autonomia financeira” da educação superior pública federal, elaborado pelo governo Bolsonaro.

 

 

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Dirigentes sindicais e estudantes protestaram - com panfletos, cartazes e palavras de ordem - nas portas do Ministério da Educação na tarde desta terça-feira (16), enquanto o Ministro Abraham Weintraub recebia dirigentes das universidades e institutos federais para dialogar sobre o projeto de reforma da “autonomia financeira” da educação superior pública federal, o "Future-se". Os manifestantes foram reprimidos por policiais, que agrediram fisicamente e lançaram gases em professores e estudantes que se concentravam em frente as portas do prédio público. Há informes de que a confusão teria começado quando tentaram impedir que os cartazes fossem arrancados pelos policiais. Um estudante teria sido preso.
 
A professora Marina Tedesco, presidente da Aduff-SSind, permaneceu na capital federal para integrar as atividades do Comando de Mobilização organizado no âmbito do Sindicato Nacional, após participar do 64º Conselho do Andes-SN - Conad, realizado há poucos dias em Brasília. O grupo, que envolve dirigentes do Andes-SN e de outras seções sindicais, segue pressionando parlamentares e reitores para que se posicionem contra o projeto do MEC. "Nosso ato foi pacífico, com panfletagem. Algumas entradas foram fechadas assim que viram os professores chegarem e há mais policiais do que manifestantes nos arredores do edifício", conta. "Temos conversado com alguns dirigentes universitários, entre eles os da UFRJ, UFRRJ, UFJF e de alguns institutos federais, que disseram estar preocupados com o governo pretende anunciar", complementa Marina.
 
Manifesto em defesa da Educação
 
Em defesa da Universidade Pública e da luta contra a reforma da previdência do governo Bolsonaro, os docentes reunidos no 64º Conad aprovaram participar dos protestos do dia 13 de agosto. Na ocasião, foi divulgado um Manifesto que denuncia e repudia o projeto de reforma da “autonomia financeira” da educação superior pública federal, elaborado pelo Ministério da Educação, que será apresentado a reitores e pró-reitores de planejamento das Universidades Federais em reunião institucional no MEC e com a exposição do Programa Ministerial no INEP durante a semana de 15 a 19 de julho.
De acordo com os docentes reunidos no 64º Conad, está em curso um projeto que fere a autonomia e impõe  categoricamente a privatização da Universidade Pública.
 
Nota da Aduff

Tão logo tomou conhecimento desse plano de reestruturação das universidades, a Aduff-SSind elaborou uma nota para informar à categoria a ameaça que está em curso. Segundo o documento da seção sindical, a proposta governista é "afrontosamente inconstitucional, e se apresenta para as lutas e batalhas que exigirão de todos nós a defesa do modelo de educação pública superior que funda nossa história e a história de professores, servidores e estudantes que compõem a comunidade universitária brasileira". Leia toda a nota da Aduff em: http://aduff.org.br/site/index.php/notocias/noticias-recentes/item/3752-nota-da-aduff-sobre-o-projeto-do-governo-para-as-universidades-publicas-federais
 
Da Redação da ADUFF | Por Aline Pereira
Foto: Reprodução Internet

 

 
 
 
 
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