Jul
10
2019

Câmara vota reforma da Previdência com galerias vazias e denúncias de compra de votos

Docentes que integravam a delegação do Andes-SN participaram de protesto na entrada da Câmara, mas foram impedidos de entrar. Houve repressão a manifestantes. Proposta terá ainda que passar por votação de destaques, 2° turno e Senado. Atos contra a reforma desta sexta (12) estão mantidos. "Não podemos nos abater, é hora de mais mobilização nas ruas", diz presidente da Aduff. 

Deputados comemoram a aprovação da reforma, que prevê 40 anos de contribuição para o benefício integral e excluíra milhões da Previdência - Luis Macedo/Agência Câmara Deputados comemoram a aprovação da reforma, que prevê 40 anos de contribuição para o benefício integral e excluíra milhões da Previdência - Luis Macedo/Agência Câmara / Luis Macedo/Agência Câmara
Sob denúncias de compra de votos de deputados, repressão a manifestantes e bloqueio ilegal do acesso às dependências da Câmara, a reforma da Previdência foi aprovada em primeiro turno de votação na noite desta quarta-feira (10). Docentes que integravam a delegação do Andes-SN participaram de protesto na entrada da Câmara, mas foram impedidos de entrar. Houve repressão a manifestantes. Por 379 votos a 131, os deputados aprovaram o texto-base da proposta do governo de Jair Bolsonaro, que exclui milhões de trabalhadores do direito à aposentadoria. Proposta ainda terá que passar por votação de destaques, pelo 2° turno e pelo Senado.
 
Para a professora Marina Tedesco, a data entrará para “a história como um dia de grandes golpes para a classe trabalhadora”. Ela se refere à aprovação do primeiro turno da reforma da Previdência (PEC-6) e à votação na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado do projeto que permite a demissão de servidores estáveis por suposta insuficiência de desempenho. Mas ressalta que, em momentos como esse, é ainda mais importante apostar nas mobilizações. “Apesar de todos os resultados extremamente negativos, eles são parte de processos que ainda estão em curso. Não temos o direito de nos abater neste momento, apesar da dureza dos golpes, é hora de estarmos mais mobilizados, mais nas ruas, porque embora a correlação seja muito desfavorável para nós, devido à composição do governo, do Congresso e do Senado, se elevarmos nosso patamar de lutas, intensificarmos a resistência, é possível que esses processos não sigam pelos caminhos como o de hoje, contra nós”, disse.

DA REDAÇÃO DA ADUFF

 
 
Deputados comemoram a aprovação da reforma, que prevê 40 anos de contribuição para o benefício integral e excluíra milhões da Previdência - Luis Macedo/Agência Câmara Deputados comemoram a aprovação da reforma, que prevê 40 anos de contribuição para o benefício integral e excluíra milhões da Previdência - Luis Macedo/Agência Câmara / Luis Macedo/Agência Câmara