DA REDAÇÃO DA ADUFF

Tarde desta quinta-feira , 30 de maio. Um grupo de estudantes, técnicos e docentes da UFF encontram-se na Estação Araribóia, em Niterói, para participar de mais um “Dia de Mobilização em Defesa da Educação e contra a reforma da Previdência. Pretendem partir deste ponto de concentração até o principal ato do dia, na Candelária, no Centro do Rio. De lá, sairá uma passeata, ao final da tarde, até a Cinelândia.

A atividade acontece duas semanas após centenas de milhares de pessoas, em todo o país, terem realizado o 15M, o primeiro dia de protestos nacionais contra os cortes financeiros anunciados pelo governo para a pesquisa, a extensão, o ensino superior e a educação básica.

 Estudantes, professores e demais setores da sociedade mantêm o tom crítico à política que asfixia instituições públicas educacionais - entre colégios, institutos técnicos e universidades - e que, por outro lado, pode levar também ao fim da Previdência Social no Brasil.

Nas ruas, lutam pela defesa dos direitos da classe trabalhadora, da educação pública, da aposentadoria e das liberdades democráticas e de expressão. Há faixas e dizeres contra os cortes da educação, as tentativas de silenciar as opiniões dissonantes e ainda a PEC da previdência.

"30M é mais um momento importante para a educação, que mais uma vez está mostrando seu potencial de dialogar e mobilizar a população. É também um verdadeiro esquenta para a greve geral de 14 de junho, quando temos que parar o país todo", disse a docente do curso de Serviço Social na UFF, Eblin Farage, secretária-geral do Andes-SN.

O professor Arley Costa, que atua no campus da UFF em Volta Redonda, observou que ao longo do dia tem havido movimentação muito interessante no país todo. Assim com Eblin, ele acredita que as manifestações dos dias 15 e 30 de maio criam as condições para que a sociedade se conscientize para a importância de paralisar as atividades por 24 horas em um dia de greve geral contra a reforma da Previdência e a retirada de direitos sociais. “O governo está sistematicamente destruindo direitos, quanto mais o conjunto dos trabalhadores conseguir se organizar e avançar melhor", disse.

Ao longo do dia, haverá eventos e manifestações também em outras cidades que têm a presença da UFF: Volta Redonda, Rio das Ostras, Macaé, Campos dos Goytacazes, Angra dos Reis, Pádua e Nova Friburgo. Todas têm o apoio da Aduff-SSind.

DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Aline Pereira