DA REDAÇÃO DA ADUFF
As coordenações dos atos unificados da Greve Nacional de 24h da Educação desta quarta-feira (15) estão convocando quem pretenda participar a levar o exemplar de um livro para a manifestação. Ao final do ato, os livros serão doados, quando a passeata chegar à Central do Brasil. Ao longo do trajeto, que sairá da Candelária, no Centro do Rio de Janeiro, por volta das 17 horas, está prevista a realização de uma performance, denominada 'Levante dos Livros', que deverá ocorrer na altura da av. Passos.
O protesto é em defesa da educação pública e contra a reforma da Previdência que o governo Jair Bolsonaro tenta aprovar no Congresso Nacional. "A meta é ter milhões de livros pelas ruas do Brasil para mostrar que o obscurantismo não vai vencer!", diz trecho da convocação para o 'Levante dos Livros', que é uma resposta aos ataques que o governo vem fazendo às universidades e escolas públicas do país.
Cortes orçamentários e ataques ‘morais’
Os ataques contra a educação vem ocorrendo tanto no campo moral - quando as universidades foram apontadas como locais de 'balbúrdia' e cursos como Filosofia, Antropologia e História como desnecessários – quanto no financiamento, com o corte de 30% nas previsões para 2019 das universidades e institutos federais de ensino.
Também houve cortes na educação básica, apesar de, inicialmente, o ministro da Educação Abraham Weintraub ter declarado que a redução dos recursos destinados às universidades decorria da aplicação de uma promessa de campanha do governo: gastar menos com o ensino superior e mais com o fundamental.
Os cortes e as declarações de Abraham Weintraub provocaram, aliás, um verdadeiro levante nas instituições federais de ensino, puxados principalmente pelos estudantes -- o que fez crescer as expectativas em torno do tamanho das manifestações previstas para esta quarta-feira, que terá forte participação da educação básica e ganhou a adesão de educadores das escolas particulares.
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Hélcio Lourenço Filho