Contra o corte de verbas na Educação e em defesa da autonomia e democracia nas escolas e universidades, os estudantes secundaristas do Rio, em conjunto com trabalhadores da Educação, pais de alunos e movimentos sociais, ocuparam as ruas do entorno do Colégio Pedro II, na Tijuca, na manhã desta segunda (06).
O ato puxado pelo movimento estudantil do CP II aconteceu durante a visita do presidente Jair Bolsonaro à cerimônia de 130 anos do Colégio Militar, que fica em frente ao campus Tijuca II do Pedro Segundo. Nas ruas, os estudantes exigiram a revogação dos cortes no orçamento das instituições de ensino federais e na educação básica e lembraram ao governo que Educação não é gasto, é investimento e direito da população do país.
Só no Colégio Pedro II, o corte foi de cerca de 18,5 milhões de reais, o que equivale a
36% do orçamento de custeio previsto para este ano. Em nota, a direção do Colégio afirmou que o corte “inviabilizará o planejamento que foi elaborado antecipada e cautelosamente" pela instituição.
Quem participou da cerimônia dentro do Colégio Militar garantiu que o protesto dos secundaristas era ouvido em alto e bom som pelos presentes. Apesar do forte esquema de segurança, com participação da Polícia Militar e do Exército, a manifestação terminou sem confrontos. Professores que integram a diretoria da Aduff-SSind e do Andes-SN estiveram presente no ato.
Estudantes não sairão das ruas: dia 15 vai ser maior!
No ato desta segunda, os estudantes secundaristas prometeram voltar às ruas no dia 15 de maio, data que está sendo articulada nacionalmente como dia de "Greve Nacional da Educação". Professores e estudantes do Colégio Pedro II já confirmaram que irão aderir à paralisação do dia 15. Os docentes da UFF também deliberaram pela paralisação de 24h na data, em decisão tomada em assembleia descentralizada da categoria.
DA REDAÇÃO DA ADUFF | Por Lara Abib
Foto: Luiz Fernando Nabuco
