A manhã desta segunda-feira (15) começou com mobilização dos trabalhadores terceirizados da UFF em defesa de seus direitos. Funcionários da empresa Luso-Brasileira que paralisaram as atividades semana passada para reivindicar o pagamento do salário de março, se mobilizam agora pelo recebimento integral do tíquete-alimentação (pago pela metade). Já os trabalhadores da empresa Croll ainda reivindicam o salário referente ao mês de março, que deveria ter caído na conta desde o quinto dia útil de abril, e o tíquete-alimentação deste mês.
Os atrasos constantes nos salários e benefícios e a possibilidade de encerramento do contrato entre as empresas terceirizadas e a Universidade Federal Fluminense (UFF) têm preocupado os trabalhadores terceirizados da UFF. “A gente queria uma força. Até agora ninguém da UFF se pronunciou. Estamos nesse joga para lá, joga para cá. O vale alimentação dá uma ajuda, mas nem isso tá saindo. A situação está difícil", ressaltou uma trabalhadora.
Outra terceirizada também relata situação extrema entre os colegas de trabalho, impossibilitados de honrar seus compromissos, principalmente entre as mulheres chefes de família. “As contas lá em casa, luz, água, escola do filho, estão todas nas costas do meu esposo, mas tem gente que não tem essa forma de resolver a vida. Há muitas mulheres que mantêm a casa sozinhas sem que tenham outra renda. Bate desânimo total. Não resolvem nossa vida; muita gente está indo embora sem receber seus direitos - eles nos deixam acuados, dizendo que a gente vai sair com uma mão na frente e atrás”, relata.
Da Redação da Aduff |
Fotos: Luiz Fernando Nabuco
