Mar
14
2019

#14M - "Não podemos naturalizar a barbárie", diz dirigente da Aduff em atividade em Niterói

Atividade na praça Arariboia, no Centro de Niterói, aconteceu para ida conjunta ao ato político e cultural na Cinelândia, que ocorre nesta quinta-feira (14) para lembrar um ano do assassinato político de Marielle Franco e Anderson Gomes. 

Não permitir que caia no esquecimento o assassinato bárbaro da vereadora Marielle Franco, a quinta mais votada para a Câmara Municipal do Rio de Janeiro, e do motorista Anderson Gomes – que a acompanhava ao término de uma atividade de militância no Centro da cidade. Assim, Carlos Augusto Aguillar Junior, professor do Coluni e dirigente da Aduff, definiu a importância das manifestações que ocorrem desde cedo nesta quinta-feira (14), ao lembrar o primeiro ano do extermínio ainda impune.

"Foi um recado a todos aqueles que ousam enfrentar o sistema, como o fez Marielle. As atividades realizadas neste dia 14 de março têm grande significado frente a essa conjuntura de retrocessos sociais brutais com a chegada da extrema direita ao poder nas últimas eleições de outubro de 2018, sobretudo porque apontam para a reaglutinação no campo da esquerda", avalia o docente enquanto participava da concentração realizada a tarde, na Praça Araribóia, em Niterói, para ida conjunta à Cinelândia.   

Carlos e demais manifestantes estarão no Centro do Rio para tomar parte no ato político e cultural programado para homenagear a socióloga, parlamentar negra, ativista dos direitos humanos e moradora da Maré. “Uma alusão bonita feita a Marielle é a de que ela virou semente – seu exemplo inspira outras militantes negras e periféricas para o engajamento na luta política, inclusive disputando cargos públicos”, lembra o docente.

Para Carlos Augusto, não é possível que a sociedade permita a naturalização da barbárie. O dirigente da Aduff aponta que o ato público realizado hoje e as demais iniciativas por Marielle e Anderson tem o sentido de mostrar ao governo que não será fácil sufocar ou eliminar qualquer ativismo, tal como o atual Presidente da República, Jair Bolsonaro, prometeu fazer no contexto da campanha eleitoral.

“Esse governo é autoritário e não admite a resistência da oposição, de quem divirja, quem propõe o combate ao ativismo. Mas as massas estão nas ruas e vamos mostrar que somos muitos”, considerou Carlos.

Da Redação da Aduff-SSind
Por Aline Pereira
Foto: Luiz Fernando Nabuco | Aduff-SSind