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Mar
11
2019

#14M – um ano sem Marielle e Anderson: dia de atividades terminará com ato na Cinelândia

Na quinta-feira (14), assassinato político da vereadora e do motorista faz um ano e permanece impune; calendário de atividades marcam o dia - Aduff-SSind estará presente

Momento do 8M, ato pelo Dia Internacional das Mulheres, no Centro do Rio. De costas, Monica Benício, viúva de Marielle Franco. Momento do 8M, ato pelo Dia Internacional das Mulheres, no Centro do Rio. De costas, Monica Benício, viúva de Marielle Franco.

“Depois de um 8M combativo, classista e que contou com a participação de muitas pessoas - em especial de muitas mulheres - é o momento de construirmos o 14 M. É uma data fundamental para quem luta por justiça social e por democracia no país", disse Marina Tedesco, presidente da Aduff-SSind. Ela comenta a importância das ações previstas para a próxima quinta-feira (14) de março, quando faz um ano do assassinato político da vereadora pelo PSol – a quinta mais votada para a Câmara Municipal do Rio de Janeiro – e do motorista que a acompanhava ao término de uma atividade de militância no Centro da cidade.  

As atividades na quinta-feira próxima começam às 8h, com intervenções em praças públicas, para lembrar a população que o crime permanece impune, apesar de, há um mês, o procurador-geral de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Eduardo Gussem, ter dito aos veículos de imprensa comercial não ter dúvidas de que o assassinato está diretamente relacionado a grupos de milicianos. Após o ‘Amanhecer por Marielle e Anderson’, haverá missa, às 10h, na Candelária. Em seguida, aula magna com o tema “Eu Sou Porque Nós Somos”, às 14h, em local que será posteriormente divulgado. A partir das 16h, está programado um ato político e cultural, na Cinelândia, com a participação de diversos representantes de movimentos sociais.  

Para a presidente da Aduff-SSind, é momento de cobrar resposta para um ano sem solução desse assassinato político e também denunciar o incremento às perseguições a quem luta no país, nos diversos movimentos organizados – sindical, sem teto, sem terra, mulheres, favelas, negro, lgbt. “Não existe democracia quando ativistas são perseguidos, condenados e assassinados”, explica a docente do curso de Cinema na UFF.

Segundo Marina Tedesco, é fundamental que os docentes tomem parte nessas atividades, sobretudo em um momento em que a perseguição política se manifesta no âmbito das entidades representativas. “Digamos um basta muito forte a todo esse processo de falsa democracia e de perseguição”, conclui a dirigente sindical.

Da Redação da Aduff | Por Aline Pereira

 

 

Momento do 8M, ato pelo Dia Internacional das Mulheres, no Centro do Rio. De costas, Monica Benício, viúva de Marielle Franco. Momento do 8M, ato pelo Dia Internacional das Mulheres, no Centro do Rio. De costas, Monica Benício, viúva de Marielle Franco.

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