Fev
20
2019

Unidade para enfrentar governo Bolsonaro é desafio do 'Fórum Sindical, Popular e de Juventudes'

Iniciativa foi lançada em São Paulo na terça-feira (19), reunindo representantes de movimentos sociais, sindicais, estudantis e organizações políticas. A Aduff esteve presente.

Unidade na ação para enfrentar a política conservadora do governo de Jair Bolsonaro é o desafio posto ao recém-lançado “Fórum Sindical, Popular e de Juventudes por direitos e liberdades democráticas”.  A iniciativa é formada por movimentos sociais, sindicais, estudantis e organizações políticas da cidade e do campo – entre eles o Andes-SN e a CSP-Conlutas, central a qual a seção sindical dos docentes da UFF é filiada.  Tem o objetivo de rearticular a luta dos trabalhadores para enfrentar os projetos do governo em curso, como foi reafirmado durante o lançamento do Fórum, evento que reuniu representantes de diversas categorias e entidades no último dia 19, em São Paulo;

Para a presidente da Aduff-SSind, Marina Tedesco, o lançamento do Fórum é muito importante frente à conjuntura de ataques aos direitos previdenciários e trabalhistas da classe trabalhadora e às liberdades democráticas. “São entidades muito diversas entre si e que não defendem o mesmo programa; no entanto, todas estão unidas porque são contra esse retrocesso”, explicou a docente do curso de Cinema da UFF.  

A dirigente sindical lembra que o Andes-SN tem participado ativamente da construção desse Fórum e que é fundamental que essa iniciativa de mobilização tenha sido lançada, já que as lutas nesse ano e nos próximos vão ser muito difíceis.  “Só com unidade na ação será possível barrar o desmonte dos serviços públicos e do próprio país – o que uma parcela significativa dos políticos quer implementar. “Precisamos fazer isso juntos porque nenhuma entidade tem condições de barrar sozinha o que está vindo”, explicou Marina Tedesco.

Na luta por direitos, Aduff vai a SP

A delegação da Aduff que foi à capital paulista é composta ainda pelas professoras Kate Lane de Paiva e Maria Cecilia Castro (Coluni); Elizandra Garcia (Educação Física); Sônia Lúcio Rodrigues (Serviço Social/aposentada) e Bianca Novaes (Psicologia em Volta Redonda/ diretoria da Aduff).

“O Fórum surge em um contexto de ampla unidade para resistir aos ataques da extrema direita ultraconservadora que está no poder”, explica Bianca. Para a docente, a Reforma da Previdência do governo Bolsonaro tende a agravar as reformas que foram implementadas anteriormente, como a trabalhista e a EC 95 – a do teto dos gastos públicos.

“Logo nesses primeiros dias de gestão, o governo traz uma pauta que vai incidir diretamente na vida da classe trabalhadora, retirando direitos e conquistas sociais – como saúde e educação, promovendo o abandono de políticas públicas importantes. Tudo isso é muito sério e exige mobilização”, defende Bianca.

Para a diretora da Aduff, é muito importante que a classe trabalhadora se reorganize e mostre poder reação à Reforma da Previdência.

A delegação da seção sindical dos docentes da UFF também participou, nesta quarta-feira (20), da Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora, convocada por oito centrais sindicais, na Praça da Sé, em São Paulo - manifestação que marca o início de uma articulação conjunta das centrais contra a PEC da Previdência Social.

Direitos não estão em negociação

Para a docente Kate Lane de Paiva, a criação desse fórum é muito importante por ser um espaço de frente amplo, que congrega diferentes partidos, centrais sindicais, sindicatos, movimentos populares e da juventude, e unidade de ação.

“Dado o grave momento reacionário que vivemos, precisaremos dessa unidade ampla pra enfrentar os ataques que se aprofundam e se aceleram com a eleição desse governo de extrema direita”, avalia a docente do Coluni. “Somente a classe trabalhadora como um todo, aliada a juventude, poderá fazer frente a esses ataques”, complementa.

Ela aponta que essa unidade deve ser feita na direção da defesa dos interesses da classe e da juventude, se posicionando contra qualquer tentativa de negociação de direitos ou dos serviços públicos. “O Fórum tem como tarefa imediata a luta contra a reforma da previdência, porque essa medida além de ser cruel nos abre a possibilidade de dialogar tanto com o conjunto da classe como da população em geral. É muito importante que todo mundo se integre a esse Fórum e o construa nos seus estados, a fim de mobilizar a todos e derrotar esse governo nefasto”, conclui Kate.

Da Redação da Aduff
Por Aline Pereira