Fev
19
2019

Aduff participa em SP do lançamento de fórum por direitos e liberdades democráticas

Lançamento de fórum nacional em defesa dos direitos e das liberdades democráticas busca reorganizar e aglutinar os movimentos sindicais, sociais, estudantis e políticos para enfrentar os projetos de Bolsonaro

 

DA REDAÇÃO DA ADUFF

“É muito importante que a classe trabalhadora se reorganize e mostre poder reação à reforma da Previdência”, avalia Bianca Novaes, professora da UFF em Volta Redonda e diretora da Aduff-SSind, ao comentar o lançamento do “Fórum Sindical, Popular e de Juventudes por Direitos e Liberdades Democráticas”.  

A iniciativa é gestada por movimentos sociais, sindicais, estudantis e organizações políticas da cidade e do campo – entre eles o Andes-SN e a CSP-Conlutas, central a qual a seção sindical dos docentes da UFF é filiada. O lançamento, na noite desta terça-feira (19), na sede do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), expressa a tentativa de rearticular a luta dos trabalhadores para enfrentar os projetos do governo Bolsonaro.

A delegação da Aduff que foi à capital paulista é composta ainda pelas professoras Kate Lane de Paiva e Maria Cecilia Castro (Coluni); Elizandra Garcia (Educação Física) e Sônia Lúcio Rodrigues (Serviço Social/aposentada).

“O Fórum surge em um contexto de ampla unidade para resistir aos ataques da extrema direita ultraconservadora que está no poder”, explica Bianca. Para a docente, a Reforma da Previdência do governo Bolsonaro tende a agravar as reformas que foram implementadas anteriormente, como a trabalhista e a EC 95 – a do teto dos gastos públicos.

“Logo nesses primeiros dias de gestão, o governo traz uma pauta que vai incidir diretamente na vida da classe trabalhadora, retirando direitos e conquistas sociais – como saúde e educação, promovendo o abandono de políticas públicas importantes. Tudo isso é muito sério e exige mobilização”, defende a diretora da Aduff-SSind.

Manifesto

A participação no “Fórum Sindical, Popular e de Juventudes por Direitos e Liberdades Democráticas” é uma deliberação do 38º Congresso do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior - Andes-SN, realizado em Belém (PA), entre 28 de janeiro e 2 de fevereiro de 2019.

De acordo com o Manifesto do referido Fórum, publicizado dias antes do lançamento, a atual conjuntura política é avança para um cenário de retrocesso em relação aos direitos sociais conquistados nas últimas décadas. Os organizadores se posicionam pela defesa dos direitos trabalhistas e contra o ­fim do Ministério do Trabalho; pela Educação e da Saúde Públicas, gratuitas e de qualidade; pelo emprego, salário e moradia; pela reforma urbana e agrária; pela política de igualdade racial, de gênero e respeito às diversidades sexuais. Entre os princípios caros ao grupo também estão o respeito às liberdades democráticas; à liberdade de ensinar e de aprender e à autonomia das instituições públicas.

O Fórum repudia a criminalização dos movimentos sociais e prega a revogação da Emenda Constitucional 95 – a que fixa os gastos públicos pelas próximas duas décadas em detrimento do pagamento dos juros da dívida. Defendem o setor público e estatal, marcam posição contrária às privatizações e à reforma da Previdência.   

Segundo Bianca Novaes, a resistência da classe trabalhadora tem tido papel fundamental para frear a possibilidade de reforma da previdência, desejo acalentado pelo governo de Michel Temer e, agora, tomado como encargo pelo presidente Jair Bolsonaro. “É importante que a classe trabalhadora se reorganize, como está sendo feito por esse fórum, e que se posicione de forma aguerrida contra a perda de direitos em relação à aposentadoria”, diz a dirigente sindical.

Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora

Na quarta-feira (20), acontece a Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora, convocada por oito centrais sindicais – entre elas a CSP-Conlutas, a qual o Andes-SN é filiado – na Praça da Sé, em São Paulo. Trabalhadores de diversas ocupações estarão mobilizados logo pela manhã, a partir das 10h, contra a proposta de emenda constitucional do governo Bolsonaro para a Previdência Social. A delegação da Aduff também participará do ato.


Da Redação da Aduff-SSind
Por Aline Pereira, com informações do Andes-SN

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