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Dez
05
2018

Faculdade de Educação da UFF recebe ‘Cor do Brasil’, do Circuito Teatro do Oprimido

Grupo inspirado no Teatro do Oprimido, de Boal, apresentará a peça ‘Suspeito’, que aborda a questão racial; haverá debate após o teatro

O grupo ‘Cor do Brasil’ estará no Auditório Florestan Fernandes (Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense, Bloco D), às 20h desta quarta-feira (5), para apresentar “Suspeito” – uma das três peças desse coletivo, fundado em 2010, que reúne artistas ligados ao movimento negro, inspirados pela técnica do Teatro do Oprimido. Após o espetáculo, haverá um debate com os atores em cena.

A apresentação integra o ‘Circuito Teatro do Oprimido’, que conta com patrocínio da Petrobrás e reúne dez grupos teatrais para levar questões caras à sociedade aos “palcos” não convencionais – como escolas, fábricas, praças – entre os anos de 2018 e 2020.

A iniciativa tem tido o apoio da Faculdade de Educação da UFF, que, uma vez por mês tem recebido os grupos que integram o Circuito Teatro do Oprimido. “Marias do Brasil”, criado em 1998 e formado por trabalhadoras domésticas, apresentou “Nós não somos invisíveis”. Houve também a exibição da peça “É melhor prevenir”, do Grupo “Pirei na Cena” – que desde 1997 é composto por usuários e familiares de Saúde Mental.

De acordo com a professora Kênia Miranda, que coordena a atividade na Faculdade de Educação da UFF, o Teatro do Oprimido – conforme concebido pelo dramaturgo Augusto Boal (1931-2009) – tem o objetivo de provocar o debate nas periferias, onde estão os grupos sociais oprimidos. “Boal queria a socialização dos meios de produção teatral, pois dizia que todos fazem teatro; até mesmo um ator faz teatro”, explica a docente, que é ex-dirigente da Aduff.

Para ela, em face do contexto político social brasileiro, é de fundamental importância problematizar questões sociais como as trazidas pelas peças que integram o Circuito Teatro do Oprimido” na Universidade. “Se para o Boal era importante colocar essas pessoas em cena, para Universidade é importante discutir isso com esses sujeitos sociais que lidam com a exploração e a opressão. Ter um diálogo com um grupo que pensa esteticamente e politicamente a questão teatral pela transformação social, levando o conteúdo da reflexão para fazer o debate”, disse Kênia.

DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Aline Pereira

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