Out
25
2018

Trabalhadores ocupam as ruas em defesa da democracia e do serviço público

Quinta-feira (25) às 17h, trabalhadores e estudantes realizam ato pela democracia em Niterói, com saída da Câmara Municipal, em trajeto até as Barcas; na quarta (24), servidores públicos federais e professores da rede municipal e estadual de ensino ocuparam o centro do Rio para conversar com a população

 

“Eu acho que é isso que a gente está precisando, sair da universidade e conversar com as pessoas”, afirmou a professora do curso de Serviço Social da Unirio, Rafaela Ribeiro, em atividade puxada pela Frente em Defesa da Democracia e Contra o Fascismo, no Largo da Carioca, na quarta (24). “No meu entendimento, as pessoas estão com medo, assustadas. Nós que estamos na universidade pública, vinculados aos movimentos da educação e das politicas públicas, já estamos sentindo nossas liberdades democráticas sendo cerceadas. Imagina se a universidade pública tiver mensalidade paga, se nossa autonomia universitária for perdida. A gente precisa conversar isso com a população e falar dos direitos dos trabalhadores, dos pobres. Nós não somos minorias. Os pobres, os negros, as mulheres no Brasil não são minorias. Isso é um conceito sociológico pra falar de populações que são excluídas do processo democrático. Temos que mostrar isso para as pessoas. Somos maioria.”, ressaltou a docente.

Nesta quinta (25), a mobilização continua. Ato antifascista e pela democracia percorre as ruas de Niterói, com saída da Câmara Municipal, em trajeto até as Barcas. A manifestação vai contar com a participação da Aduff-SSind e da comunidade acadêmica da UFF, além de outros segmentos e entidades da sociedade civil de Niterói.

Dia 24 também foi dia de protestos da educação estadual e municipal, no Rio de Janeiro, em defesa da escola pública, sucateada em todas as esferas. “Nós vivemos numa conjuntura muito complicada, onde a educação está sendo atacada. Tem um discurso nesse período eleitoral que propaga valores incompatíveis com a educação que a gente acredita. Tem programa de candidato que prevê ensino à distância, que prevê o sucateamento da educação, que desvaloriza o profissional da educação, que tira a liberdade do educador e do educando, limitando temas. A gente está vendo uma série de notícias falsas, as ‘fake news’, que envolvem a educação, como a questão do kit gay que nunca chegou na rede municipal, nem na rede estadual. Eu trabalho nas duas. Estamos na luta pelo nosso direito democrático de trabalhar e de educar. Pelo direito da escola pública também, pela democracia”, destacou a professora da rede municipal e estadual, Thais Coutinho, diretora do Sepe, Regional 3.

Da Redação Aduff
Fotos: Luiz Fernando Nabuco | Aduff-SSind

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