Organizada com o intuito de mostrar para a população de Niterói a importância da produção científica brasileira - majoritariamente produzida dentro das universidades públicas -, o “Ciência na Praça” atraiu docentes e estudantes dos mais variados cursos da UFF na tarde desta quinta (12).

A iniciativa da Associação de Docentes da Universidade Federal Fluminense (Aduff-SSind) promoveu a divulgação científica e levou para as ruas o debate contra os cortes no orçamento do setor e pela Revogação da Emenda Constitucional 95/2016 - que estabeleceu teto nos gastos da União, restringindo por 20 anos investimentos em políticas sociais, como saúde e educação públicas. A atividade contou com cerca de 20 experimentos interativos e aconteceu das 14h às 18h, em frente à Estação nas Barcas, na Praça Arariboia, no Centro de Niterói.

“A Aduff-SSind e o nosso Sindicato Nacional estão há muito tempo denunciando os cortes no orçamento para a Educação, mas se é verdade que esses cortes não começaram agora, também é verdade que eles se aprofundaram em 2016. A gente entende que se a EC 95 não for revogada, as atividades de ensino, pesquisa e extensão na universidade serão muito comprometidas, inviabilizando com isso a própria produção científica que é fundamental para que um país seja autônomo e produza conhecimento que atenda aos interesses de sua população”, ressaltou no evento a presidente da Aduff-SSind, Nina Tedesco.

A iniciativa é parte de uma campanha nacional contra os cortes nos orçamentos públicos na Educação, na Pesquisa, na Ciência e Tecnologia. No último domingo (08), a Aduff-SSind e docentes da UFF estiveram presentes em uma atividade similar, uma feira de ciências realizada em frente ao Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista. O evento convocado pela SBPC - Sociedade Brasileira Para o Progresso da Ciência - reuniu diversas entidades na luta por mais recursos para ciência, tecnologia e educação no país.

Para Nina, o “Ciência na Praça” também é um convite para a população conhecer mais a universidade que é pública e se apropriar deste espaço e da luta em sua defesa. “Fizemos questão de fazer esse evento também em Niterói porque entendemos que a UFF tem uma importância para a cidade e impacta de uma forma ou de outra a vida da população que mora aqui. Era importante para a gente dialogar com as pessoas de Niterói e mostrar que a pesquisa não é feita só por docentes, mas por alunos da graduação, da pós, dando um panorama mais plural e mais concreto da produção científica na universidade”, finalizou.

DA REDAÇÃO DA ADUFF

Por Lara Abib / Fotos: Luiz Fernando Nabuco