Jun
06
2018

Campanha detém reforma da Previdência, mas luta não para

Retrospectiva - Gestão Democracia e Luta (2016-2018): A Aduff participou da campanha que reuniu dezenas de movimentos contrários à PEC 287; segue a luta em defesa da aposentadoria e para derrubar a EC 95 e a reforma trabalhista

 

 

Marcha a Brasília, em 24 de maio de 2017: pressão nas ruas contra a contrarreforma da Previdência Marcha a Brasília, em 24 de maio de 2017: pressão nas ruas contra a contrarreforma da Previdência / Valcir Araujo - especial para a Aduff

DA REDAÇÃO DA ADUFF

Foram dois anos de disputas em torno de projetos decisivos para a educação, a universidade, os docentes e a classe trabalhadora em geral. Não foram dias fáceis - resistir era a palavra de ordem -, mas houve uma vitória contundente dos trabalhadores: a suspensão da reforma da Previdência Social e a perda de eficácia da medida provisória que adiava reajustes e majorava o valor da alíquota previdenciária paga pelos servidores. 

A Aduff-SSind teve participação expressiva nesta luta, que também contestava a reforma trabalhista, que o governo acabou aprovando, e o congelamento dos orçamentos das áreas públicas por 20 anos. Seja na greve geral de 28 de abril de 2017, um marco nas lutas recentes dos trabalhadores e considerada por muitos fundamental para a derrocada da reforma da Previdência, seja na marcha que levou mais de 150 mil pessoas a Brasília, no dia 24 de maio do mesmo ano. Ou na marcha contra a PEC 55 e o congelamento, em novembro de 2016, e nos sucessivos protestos que marcaram o primeiro semestre de 2017. 

O governo de Michel Temer anunciou a suspensão da tramitação da PEC 287 no dia 19 de fevereiro deste ano, quando aconteciam manifestações em defesa do direito à aposentadoria em quase todos os estados do país. A justificativa – a impossibilidade legal de aprovar emendas à Constituição durante intervenções federais – tentava mascarar a realidade: Temer não conseguira os votos necessários de deputados e senadores para aprovar a reforma, cuja impopularidade e rejeição, sem dúvida, deveu-se muito à intensa campanha dos movimentos contrários a ela. 

Para a atual direção da Aduff-SSind, que encerra sua gestão em junho, a derrocada da reforma, tratada pelo presidente Michel Temer como prioridade, é uma vitória e deve ser festejada. Mas sem que se esqueça que a ameaça segue presente e precisa ser combatida todos os dias –  assim como a já em vigor reforma trabalhista e a Emenda Constitucional 95, maior golpe da história do país nos serviços públicos e nas políticas sociais.

DA REDAÇÃO DA ADUFF

Marcha a Brasília, em 24 de maio de 2017: pressão nas ruas contra a contrarreforma da Previdência Marcha a Brasília, em 24 de maio de 2017: pressão nas ruas contra a contrarreforma da Previdência / Valcir Araujo - especial para a Aduff

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