Abr
16
2018

11 perguntas para as chapas que disputam a Reitoria da UFF

Veja ponto a ponto a entrevista com as três chapas que disputam a eleição para Reitoria da UFF

A Redação do Jornal da Aduff enviou para as três chapas que disputam a eleição para a Reitoria da UFF, que ocorre de 16 a 18 de abril, 11 perguntas relacionadas à universidade e à conjuntura atual. Para a versão impressa, foi estipulado um limite para cada resposta. O objetivo da Aduff-SSind é estimular o debate e a transparência nas propostas de cada chapa, para que a comunidade universitária possa analisar agora o que cada uma defende e, inclusive, num futuro breve, cobrar o cumprimento de suas posições. Ao receber as visitas de todos os candidatos em sua sede, a Aduff-SSind voltou a entregar a cada um uma cópia da carta-compromisso com a síntese das propostas formuladas a partir do movimento sindical docente na universidade. Os professores Sérgio Mendonça e Francisco Estácio, da Chapa 3 - UFF Inovadora, foram os primeiros a visitar a Aduff-SSind, no dia 12 de março. Os professores Roberto Salles e Wainer, da Chapa 2 - Nossa UFF, estiveram na sede da entidade no dia 11 de abril. Dois dias depois, a diretoria da Aduff recebeu os professores Antonio Claudio e Fabio Passos, da Chapa 1 - Juntos Pela UFF.

Na entrevista a seguir, em dois casos as respostas remetiam a outra, dada a pergunta anterior. Optou-se por repetir as respostas para facilitar a leitura e a comparação entre o que cada candidatura propõe sobre o ponto em questão.

Pergunta nº 1 - A expansão da UFF colocou ainda em mais evidência a questão da multicampia, diante de uma universidade que está hoje em nove cidades. No entanto, a percepção que se tem é que a UFF pouco se descentralizou administrativamente e que os campi fora da sede sofrem graves problemas estruturais. Qual a proposta da chapa em relação a isso?

Chapa 1 - Juntos Pela UFF 
professores Antonio Claudio e Fabio Passos

R: Pautar a política de consolidação e ampliação dos Campi de Expansão na autonomia, descentralização, sustentabilidade e excelência, com foco na equalização das condições de ensino, pesquisa e extensão. Estudar, com a participação dos membros das comunidades dos Campi de Expansão, a viabilidade da implantação de unidades gestoras plenas para garantir maior agilidade nos processos orçamentários e financeiros, promovendo o contínuo aprimoramento dos mecanismos de autonomia cooperativa entre unidades de cidades próximas onde existam campi da UFF. Difundir, a partir do reforço da estrutura de TI, formatos não presenciais de reunião. Equacionar o número de docentes e técnico-administrativos, considerando as demandas específicas de cada campus.

Chapa 2 – Nossa UFF
professores Roberto Salles e Waine

R: A consolidação do projeto de expansão tem como tarefas imediatas a conclusão das obras paradas e a plena integração dos campi, dotando-os das condições de assistência estudantil equivalentes às vigentes em Niterói, como alimentação, transporte, estadia e bolsas sociais. Ofereceremos aos seus professores, além do acesso aos editais e recursos comuns, programas especiais para estimular pesquisa, publicação, intercâmbio, experimentação pedagógica e vida cultural, porque é preciso fazer desses campi polos efetivos de vida universitária. Ao mesmo tempo que assumiremos nossas responsabilidades com esses campi, iniciaremos processo gradual e diferenciado de autonomia de gestão e finanças em consonância com suas comunidades respectivas.

Chapa 3 – UFF Inovadora
professores Sérgio Mendonça  e Francisco Estácio

R: A UFF ainda está muito longe de assumir sua multicampia de forma plena. A Chapa 3 começou já inovando na escolha do vice-reitor. Pela primeira vez na história da UFF, teremos um vice-reitor do interior. Além disso, adotaremos medidas bem concretas: a) Construiremos restaurantes em todas as cidades do estado onde exista um campus da UFF. b) Serão alugados imóveis para uso provisório como moradias estudantis. c) As reuniões dos conselhos superiores e das pró-reitorias com a comunidade acadêmica serão no turno da tarde, para que os campi do interior possam sempre participar. d) O reitor e pró-reitores terão firma reconhecida em cartórios de todas as cidades onde a UFF possui campus.

 

Pergunta nº 2 - Com relação às obras paradas e à precariedade em decorrência da expansão sem a infraestrutura necessária, qual o posicionamento da chapa

Chapa 1 - Juntos Pela UFF
professores Antonio Claudio e Fabio Passos

R: Como em todas as universidades públicas do país, a redução drástica de recursos impactou no cronograma de reformas e na finalização de obras. Vamos sempre priorizar o bem-estar da comunidade acadêmica, fazendo a manutenção dos espaços já existentes, melhorias nos locais que mais necessitam e buscar recursos para finalizar as obras em andamento. Evidentemente, trabalharemos com os recursos orçamentários disponíveis, mas iremos além, buscando recursos extraorçamentários junto às diferentes instituições financiadoras, usando, para tanto, o conhecimento e o prestígio que possuímos como gestores, professores e pesquisadores.

Chapa 2 - Nossa UFF
professores Roberto Salles e Wainer

R: Ficamos angustiados vendo unidades que participaram do Reuni e ainda não têm os prédios que projetaram. Por isso, antes mesmo do início deste processo eleitoral, tomamos a iniciativa de abrir contatos no Congresso e no MEC para expor a situação difícil dessas unidades. Encontramos excelente receptividade, e isso nos mostrou que se mantivermos pressão persistente junto ao governo teremos condições de retomar as obras muito em breve e entregarmos, até 2020, os novos prédios às comunidades acadêmicas do IACS, da Farmácia, Campos de Goitacazes, Química e Medicina.

Chapa 3 - UFF Inovadora
professores Sérgio Mendonça e Francisco Estácio

R: Teremos várias iniciativas: a) Criaremos uma coordenação de monitoramento de editais em todo o Brasil, que possam ser acessados por pesquisadores e extensionistas da UFF. b) Apresentaremos a cada município do estado os projetos de pesquisa e extensão da UFF, propondo parcerias que tragam recursos novos para a UFF. c) Busca ativa de emendas parlamentares em favor de projetos da UFF. d) Gestão junto ao MEC e segundo escalão dos ministérios, usando argumentos técnicos em favor de obras e equipamentos necessários na UFF. e) Preparação de projetos para acessarmos, no final do ano, recursos a pagar do MEC, a exemplo do que fizemos na Proaes quando compramos ônibus urbanos com restos a pagar do MEC.

 

Pergunta nº 3- Como a chapa pretende agir, caso assuma a Reitoria, na relação com as entidades sindicais e estudantis representativas da comunidade universitária?

Chapa 1 - Juntos Pela UFF
professores Antonio Claudio e Fabio Passos

R: Julgamos importante, sobretudo, que as relações entre a administração e as entidades representativas possam se dar de forma institucionalizada, e, para isso, iremos propor uma Mesa de Negociação Permanente com cada uma das entidades, de modo a tratar com seriedade, maturidade e assertividade as questões que dizem respeito a cada uma das categorias.

Chapa 2 - Nossa UFF
professores Roberto Salles e Wainer

R: A história da UFF é impensável sem as entidades sindicais e estudantis, principalmente em momentos muito difíceis e desafiadores, ocasiões em que o posicionamento dessas entidades foi decisivo para preservar nossa coesão e autonomia. Por isso, ao mesmo tempo que respeitarei integralmente a independência das entidades, manterei disposição constante de diálogo, seja visando a melhoria das condições de vida das respectivas categorias, seja para acolher propostas de interesse da UFF como um todo.

Chapa 3 - UFF Inovadora
professores Sérgio Mendonça e Francisco Estácio

R: As entidades estudantis e sindicais na UFF serão vistas como parceiras na construção de nossa Universidade e em seu caráter público, gratuito e de qualidade.

 

Pergunta nº 4 - A democracia interna é um valor fundamental em uma universidade. No entanto, nos últimos anos, muitas sessões do Conselho Universitário não têm acontecido por falta de quórum. Da mesma forma, assuntos importantes referentes à comunidade universitária não são levados ao CUV – alguns deles sob a alegação de que se tratam de prerrogativas da Reitoria. Qual a avaliação da chapa com relação a isso e como, se eleita, pretende agir com relação à democracia interna e aos fóruns democráticos da universidade?

Chapa 1 - Juntos Pela UFF
professores Antonio Claudio e Fabio Passos

R: Pautar o modelo de gestão da Universidade na implementação de mecanismos organizacionais que confiram à sua estrutura e ao seu funcionamento máxima eficiência, compartilhando responsabilidades de forma transparente e democrática para que as decisões colegiadas e administrativas sejam orientadas pelo PDI e baseadas em indicadores de interesse institucional. Garantir a autonomia da UFF, respeitar a diversidade e a pluralidade, e assegurar o tratamento democrático das questões acadêmicas e administrativas. Pautar a gestão segundo os princípios constitucionais da administração pública de Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência. Respeitar e valorizar o papel das instâncias colegiadas como um instrumento essencial de fortalecimento institucional e de decisão coletiva.

Chapa 2 - Nossa UFF
professores Roberto Salles e Wainer

R: Vamos compartilhar com os Conselhos todas as decisões estratégicas da UFF, pois só assim criamos uma cultura de participação democrática e só assim o reitor é fortalecido para cumprir as decisões da comunidade e representá-la em todas as instâncias com autenticidade, inclusive mesmo quando eventualmente discordar do que foi deliberado. Atenção especialíssima será dada ao PDI – Plano de Desenvolvimento Institucional, que não tem sido tratado com a merecida dignidade. O PDI será o eixo de condução de nossa gestão, seja em relação à definição de prioridades, seja quanto à alocação dos recursos, seja quanto à representatividade dos diversos setores e áreas para decisões fundamentadas e autônomas.

Chapa 3 - UFF Inovadora
professores Sérgio Mendonça e Francisco Estácio

R: A atual gestão da UFF desprezou a democracia e tem agido com prepotência, tentando controlar os conselhos superiores e suas câmaras. Nossa gestão, ao contrário, não se intrometerá, nem em eleições de unidade, nem em eleições para os conselhos superiores e suas câmaras.
Queremos conselhos fortes e autônomos, que enriqueçam o debate com ideias inovadoras.

 

Pergunta nº 5 - Como pretende agir, caso eleito, com relação à democracia no Coluni e a equiparação do colégio à unidade da UFF?

Chapa 1 - Juntos Pela UFF
professores Antonio Claudio e Fabio Passos

R: Em princípio, não vemos problema nessa equiparação, mas consideramos que o status do Coluni deve ser discutido institucionalmente, com a participação de todos os interessados e de forma transparente. Qualquer mudança organizacional requer uma avaliação apropriada e criteriosa, que leve em conta os desejos e interesses da comunidade, mas também que respeite as regras e garanta a tramitação por todas as instâncias pertinentes, conforme definido nas normas aprovadas pelos nossos Conselhos Superiores. Esta é, na nossa opinião, a maneira de exercitarmos uma tomada de decisão efetivamente democrática e participativa. Temos a certeza de que, desse modo, alcançaremos este objetivo de forma responsável e consistente.

Chapa 2 - Nossa UFF
professores Roberto Salles e Wainer

R:  Como pretendemos ver a UFF participando diretamente das discussões, estudos, experiências e mudanças na educação no país, é indispensável que o Colégio Universitário Geraldo Reis tenha assento pleno e permanente no Conselho Universitário e que seu diretor, como se dá em todas as Unidades, seja escolhido pela própria comunidade. Assim, uma das primeiras providências será promover a consulta à comunidade do Coluni para a escolha do futuro diretor e reativar a proposta de conferir ao Colégio a condição de Unidade da UFF.

Chapa 3 - UFF Inovadora
professores Sérgio Mendonça e Francisco Estácio

R: Será implantada a eleição direta para a direção do Coluni, e o colégio terá a mesma autonomia das outras unidades acadêmicas. Defenderemos a participação nos conselhos superiores nos mesmos parâmetros das outras unidades.

 

Pergunta nº 6 - O Hospital Universitário Antônio Pedro foi cedido para a Ebserh há cerca de dois anos, em meio a uma sessão controversa e questionada do Conselho Universitário. As entidades sindicais denunciaram o processo como antidemocrático e privatista. Qual a avaliação da chapa com relação a isso? Quais as propostas com relação ao Huap

Chapa 1 - Juntos Pela UFF
professores Antonio Claudio e Fabio Passos

R: Pautar a política para o Huap considerando a responsabilidade da Ebserh na recuperação física, tecnológica e na reestruturação do quadro de recursos humanos, além do estímulo da intersetorialidade e integração nas áreas de ensino, pesquisa e extensão nas unidades de serviço, com foco no atendimento humanizado, público, gratuito, de qualidade e integrado aos princípios do SUS. Incentivar o aumento da capacidade instalada de leitos no Huap. Estimular a ampliação da capacidade dos serviços assistenciais de apoio diagnóstico e tratamento, com foco no cuidado, segurança e no atendimento humanizado. Apoiar o modelo de gestão participativa e compartilhada para o Huap, garantindo a autonomia universitária na relação com a Ebserh. Ratificar posição irredutível do atendimento no Huap ser 100% gratuito via SUS.

Chapa 2 - Nossa UFF
professores Roberto Salles e Wainer

R: O vínculo da UFF com a Ebserh foi estabelecido por meio do contrato assinado em 6 de abril de 2016 pela atual administração e complementado por aditivos cujo teor precisamos conhecer e divulgar para todos. Além de discordâncias sobre esse modelo de gestão, muitos reclamam que a Ebserh não cumpriu diversas obrigações contratuais, como o provimento de pessoal técnico, aquisição de equipamentos e melhorias de infraestrutura. Ora, de acordo com esse mesmo contrato, qualquer proposta da UFF sobre o vínculo com a Ebserh deve ser comunicada com antecedência de um ano. Desse modo, submeteremos imediatamente à comunidade todos os documentos pertinentes e abriremos discussão sistemática no Huap, nas áreas acadêmicas de Saúde e nos Conselhos Superiores, com a participação das representações de servidores, docentes e alunos, para que a UFF identifique e defina claramente seus interesses e propostas, e, por fim, delibere sobre suas relações com a Ebserh, inclusive, se for o caso, sobre alterações ou rescisão do contrato. Nosso compromisso, além de transparência das informações e documentos, é promover o debate sobre esta questão de modo aberto e amplo, acatando e cumprindo o que for deliberado pelo Conselho Universitário.

Chapa 3 - UFF Inovadora
professores Sérgio Mendonça e Francisco Estácio

R: A adesão à Ebserh foi efetivada às pressas, sem uma ampla discussão, e com violência e repressão policial. Além disso, a empresa está longe de cumprir o prometido. Abriremos um amplo debate na UFF sobre o assunto e proporemos ao CUV a rescisão do contrato. Em nosso programa, apresentamos soluções viáveis para a expansão de espaço físico do Huap para poder criar uma unidade de atendimento de cuidados intermediários ou outros espaços de importância para a integração. Criaremos um edital específico para projetos de pesquisa da área da saúde no Huap e organizaremos plenárias temáticas ligadas à assistência, ao ensino, à pesquisa e à extensão, para fortalecer a característica acadêmica do Huap.

 

Pergunta nº 7 - A redução de recursos para o ensino superior público vem se aprofundando pelo menos desde os últimos cinco anos. A aprovação da Emenda Constitucional 95, que congela o orçamento por duas décadas, aponta para um cenário preocupante e, na avaliação de muitos, insustentável. Qual a proposta da chapa para enfrentar essa situação?

Chapa 1 - Juntos Pela UFF
professores Antonio Claudio e Fabio Passo

R: Nosso posicionamento, pessoal e institucional, foi bastante explícito e absolutamente claro contra a famigerada PEC do Teto de Gastos, que acabou por se transformar em dispositivo constitucional. Na época em que estava em discussão, calculamos que, se tivesse sido implementada nos últimos dez anos, a UFF teria deixado de receber 800 milhões de reais. Participamos de ato público, juntamente com Aduff e Sintuff, contra a PEC, o que suscitou reações contrárias do governo. Entendemos que devemos nos articular com as demais universidades federais por intermédio da Andifes, que é um instrumento importante de ação coletiva dos dirigentes universitários, para acumular forças e construir um poder de resistir, pressionar e negociar com as autoridades do governo federal, em particular do MEC e do Ministério do Planejamento.

Chapa 2 - Nossa UFF
professores Roberto Salles e Wainer

R: É cada vez mais evidente que o desenvolvimento do Brasil depende diretamente da educação básica, da formação técnica e profissional, bem como da geração e transferência de conhecimento. Estou certo que o atual cenário de restrições extremas de recursos terá de ser superado muito em breve, mas a experiência nos ensinou a termos clareza de nossos projetos e demandas e percorrer todas as instâncias, com garra, diálogo e pressão para obter os recursos que darão nova vida à nossa Universidade.

Chapa 3 - UFF Inovadora
professores Sérgio Mendonça e Francisco Estácio

R: Teremos várias iniciativas: a) Criaremos uma coordenação de monitoramento de editais em todo o Brasil, que possam ser acessados por pesquisadores e extensionistas da UFF. b) Apresentaremos a cada município do estado os projetos de pesquisa e extensão da UFF, propondo parcerias que tragam recursos novos para a UFF. c) Busca ativa de emendas parlamentares em favor de projetos da UFF. d) Gestão junto ao MEC e segundo escalão dos ministérios, usando argumentos técnicos em favor de obras e equipamentos necessários na UFF. e) Preparação de projetos para acessarmos, no final do ano, recursos a pagar do MEC, a exemplo do que fizemos na Proaes quando compramos ônibus urbanos com restos a pagar do MEC.

(Reproduzimos aqui a resposta dada à segunda pergunta, que a Chapa 3 considera contemplar as duas questões levantadas)

 

Pergunta nº 8 - Assim como em outras áreas da sociedade, setores conservadores vêm atuando na educação e tentam coibir a liberdade de cátedra e até a autonomia universitária. Recentemente, o próprio ministro da Educação tentou judicializar iniciativa docente que oferecia disciplina sobre o que se passou no país em 2016 com o impeachment e a chegada à Presidência do atual governo. Qual a avaliação da chapa com relação a isso?

Chapa 1 - Juntos Pela UFF
professores Antonio Claudio e Fabio Passos

R: No exercício da gestão e na condição de candidatos da Chapa 1, temos nos posicionado clara e firmemente contra atos que atentam contra as liberdades e contra as medidas que representam retrocesso e supressão de conquistas sociais, tanto no âmbito da universidade, quanto no da sociedade em geral. Exemplo disso foram as notas que divulgamos, de crítica ao equivocado relatório do Banco Mundial sobre as universidades públicas, e de repúdio à agressão praticada pela polícia de São Paulo ao eminente Prof. Elisaldo Carlini e ao brutal assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Consideramos que o momento que vive o país é extremamente grave e requer coragem, firmeza e união de todos na luta em defesa de uma sociedade democrática, justa, solidária e igualitária, assim como de uma universidade pública, gratuita, de excelente qualidade, inclusiva e socialmente referenciada.

Chapa 2 - Nossa UFF
professores Roberto Salles e Wainer

R: A geração e transmissão da ciência, da cultura e da tecnologia pressupõem ambiente de plena liberdade, de controvérsia e de experimentação responsável. É o que principalmente define a ideia de Universidade, e é um de nossos ensinamentos principais às novas gerações. Desse modo, repudiaremos qualquer indício de intolerância ou tentativa de amordaçamento, independente de sua procedência.

Chapa 3 - UFF Inovadora
professores Sérgio Mendonça e Francisco Estácio

R: Repudiamos qualquer tentativa de violar a autonomia universitária e a liberdade acadêmica. E resistiremos a qualquer tentativa de cercear a livre manifestação acadêmica.

 

Pergunta nº 9 - O caso envolvendo o Morro do Gragoatá e o próprio campus do Gragoatá está na Justiça, sendo que um acordo chegou a ser firmado pela Reitoria em relação a isso. Qual a proposta da chapa para enfrentar essa situação?

Chapa 1 - Juntos Pela UFF
professores Antonio Claudio e Fabio Passos

R:  Todas as ações da gestão no que se refere a bens imóveis têm sido norteadas pela defesa do erário e garantia da preservação do patrimônio público. Em função de despacho do Juízo da 4ª Vara Federal de Niterói, ouvida a AGU, a gestão firmou acordo, na expectativa de proteger a UFF de despender recursos financeiros decorrentes de uma possível decisão judicial desfavorável e, ao mesmo tempo, garantir para a UFF a propriedade de parte do terreno do Morro do Gragoatá. Entretanto, verificou-se que tal acordo se apresentava inexequível, tendo em vista decisões adotadas no passado, que até então não haviam sido consideradas pelo Juízo. A gestão vem buscando apoio no MEC, no Ministério do Planejamento e na SPU, com o objetivo de garantir a defesa do patrimônio da UFF. Prosseguiremos na luta pela defesa deste patrimônio público, atuando, por todos os meios legais ao nosso alcance, para obter uma solução que seja favorável à Universidade.

Chapa 2 - Nossa UFF
professores Roberto Salles e Wainer

R: Em meu mandato anterior, resisti a pressões de empresas que há muitos anos vem tentando se apropriar do Morro do Gragoatá. Diante das investidas mais recentes e da omissão da administração atual, juntamo-nos com todos aqueles que deflagraram uma luta de opinião e no Judiciário para preservar o terreno e, sobretudo, aquilo que a UFF nele investiu de obras, conhecimento e projetos ambientais. Acredito que essa luta se mostrou profícua, mas não devemos esmorecer. O Morro do Gragoatá será o símbolo de um projeto abrangente de tratamento ambiental e de experimentação de sustentabilidade, cuja elaboração e implementação desde já convido a todos, especialistas, militantes de causas ambientais ou interessados. A UFF será exemplo e referência na temática que se tornou uma das marcas deste início de século.

Chapa 3 - UFF Inovadora
professores Sérgio Mendonça e Francisco Estácio

R: Repudiamos a entrega do Morro do Gragoatá e propomos uma força-tarefa envolvendo UFF, Sintuff, Aduff e DCE para defender o patrimônio da UFF e os projetos de pesquisa e extensão que ocorrem no Morro do Gragoatá.

 

Pergunta nº 10 - Como pretende tratar a questão das progressões e promoções de docentes, que têm atrasado muito, algum encaminhamento quanto a isso?

Chapa 1 - Juntos Pela UFF
professores Antonio Claudio e Fabio Passos

R:  Esta realidade resulta num esvaziamento da CPPD. É reduzido o efetivo de docentes disponível para análise dos processos que chegam à CPPD. O resultado é uma alta carga de processos por docente, o que implica lentidão e atraso na tomada de decisões. Propomos: 1) Um regimento para a CPPD que promova a valorização de seus membros; 2) Recomposição do quadro de docentes da CPPD, mediante a eleição de novos membros; 3) O Sistema Eletrônico de Informações deve dar prioridade à informatização dos processos de pessoal docente, para dar agilidade a sua tramitação e análise.

Chapa 2 - Nossa UFF
professores Roberto Salles e Wainer

R: É inadmissível que os professores enfrentem tantas dificuldades e delongas na tramitação de seus processos de progressão e promoção. Assim, do mesmo modo que em minha gestão anterior conseguimos avançar muito na organização e profissionalização das centenas de concursos públicos, é hora de simplificar, informatizar e agilizar o andamento da dimensão formal da carreira docente, inclusive antecipando alguns dos procedimentos e evitando a superposição de informações e comprovações que poderiam já estar disponíveis nos sistemas. Algo equivalente precisa também ser feito para facilitar a vida dos pesquisadores e dos grupos de pesquisa, que, frequentemente, têm seu tempo de laboratório, de campo ou de aula diminuídos para atender, com meios precarios, às exigências de relatórios e prestações de contas das agências. Isso tudo será prontamente enfrentado e, com certeza, todos os professores perceberão a diferença ainda em nosso primeiro ano de mandato. Podem estar certos disso.

Chapa 3 - UFF Inovadora
professores Sérgio Mendonça e Francisco Estácio

R: Serão tomadas as seguintes medidas: a) Convocação de eleição imediata da CPPD. b) Na reunião de instalação da CPPD, será escolhido o presidente da mesma. c) A Progepe dotará a CPPD com a infraestrutura e os recursos humanos necessários para a agilidade do seu trabalho.

 

Pergunta nº 11 - Qual deve ser a atuação da Reitoria em relação ao governo federal? E como pretende atuar na Andifes?

Chapa 1 - Juntos Pela UFF
professores Antonio Claudio e Fabio Passos

R: Entendemos que devemos nos articular com as demais universidades federais, por intermédio da Andifes, que é um instrumento importante de ação coletiva dos dirigentes universitários, para acumular forças e construir um poder de resistir, pressionar e negociar com as autoridades do governo federal, em particular do MEC e do Ministério do Planejamento.

(Reproduzimos aqui trecho da resposta dada à sétima pergunta, que a Chapa 1 considera contemplar as duas questões levantadas)

Chapa 2 - Nossa UFF
professores Roberto Salles e Wainer

R: A criação das primeiras instituições de ensino superior foram parte intrínseca e decisiva da própria implantação do estado e da sociedade organizada no Brasil. Cientes da relevância e dignidade de uma Universidade Federal e da UFF em particular, nossa atuação será de diálogo em torno dos projetos de educação, cultura e ciência aqui gerados, com firmeza e inequívoca cobrança do que nos for devido e indispensável para cumprirmos nossos compromissos com a sociedade. Neste sentido, estaremos irmanados com os demais reitores, vendo na Andifes tanto o espaço que contribua para aperfeiçoar as Ifes e propagar seu valor, como para garantir relações corretas e maduras com a administração pública.

Chapa 3 - UFF Inovadora
professores Sérgio Mendonça e Francisco Estácio

R: A relação deve ser institucional e autônoma, independentemente do governo eleito. Na relação com a Andifes,  trabalharemos na direção da busca de formulação de  políticas comuns às Ifes e da luta pela preservação de conquistas e a ampliação de recursos para a educação.

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