O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - Ibama respondeu a um questionamento recente feito pela Aduff e ratificou que o Morro do Gragoatá – terreno em litígio, há décadas, entre a UFF e empresas que pretendem erguer edificação às margens da Baia de Guanabara – é área de proteção ambiental permanente, o que impossibilitaria a exploração do local para fins comerciais. Como aponta o órgão federal, trata-se de uma das 'áreas de especial interesse ambiental, pelo "Programa Niterói Mais Verde", com 6,72 hectares com vegetação de Mata Atlântica.
"A referida área é de posse da União, e se encontra em processo de recuperação ambiental (...) A regeneração da mata se encontra avançada, como pode ser constatado nas fotos de janeiro de 2014 e de julho de 2017 (...)", diz a informação técnica nº2/2018-NUBIO-RJ/DITEC-RJ/SUPES-RJ, enviada para a Aduff-SSind em março.
O documento faz referência à parceria firmada entre a UFF e o governo federal, por meio do Termo de Cooperação entre a instituição de ensino superior e a secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente - MMA, recentemente renovado até 2020, que conta com recursos públicos para evitar a degradação do local. À frente dessa iniciativa está a equipe do Laboratório Horto/Viveiro, coordenado pela bióloga Janie Garcia da Silva, professora da UFF há mais de 20 anos, que alerta para a importância da área para o clima e a preservação da fauna e da flora em Niterói.
Gustavo Gomes, presidente da seção sindical dos docentes da UFF, ressalta a importância do posicionamento do Ibama e entende que isso reforça a luta para aqueles que defendem o Morro do Gragoatá como espaço de ensino, produção de conhecimento científico e refúgio da fauna e da flora de Niterói.
DA REDAÇÃO DA ADUFF | Por Aline Pereira