Mar
08
2018

"Vamos às ruas para avançar na luta contra a violência de gênero, em todas as suas faces", diz diretora da Aduff sobre o ato de 8 de março

Em Niterói, uma das concentrações para ida conjunta ao ato será na Praça Araribóia, às 15h, quando haverá um lanche colaborativo antes de seguir para a manifestação que dirá não à intervenção federal, à reforma da previdência e às formas de violência - entre elas, a Pec 181, que proíbe o aborto mesmo em caso de estupro e quando há risco para a vida da mulher. 

 

"8 de março é o dia público de luta das mulheres, em homenagem àquelas que, em greve, lutaram por melhores condições de trabalho e direitos políticos, desde o início do século passado", disse Kênia Miranda, professora da Faculdade de Educação da UFF e diretora da seção sindical, conclamando todas e todos ao ato que acontecerá logo mais a tarde, com concentração às 16h, na Cinelândia. A Aduff-SSind e o Andes-SN participam ativamente da construção dessa atividade. 

Em Niterói, uma das concentrações para ida conjunta ao ato será na Praça Araribóia, às 15h, quando haverá um lanche colaborativo antes de seguir para a manifestação que dirá não à intervenção federal, à reforma da previdência e às formas de violência - entre elas, a Pec 181, que proíbe o aborto mesmo em caso de estupro e quando há risco para a vida da mulher. 

"Hoje é dia de muitas mulheres pararem seus trabalhos em vários lugares do mundo, saírem às ruas para avançar na luta contra a violência de gênero, em todas as suas faces, a do feminicídio, a do estupro, a da inferiorização, a do racismo, a que nega as escolhas sobre sua vida, àquela do mercado de trabalho que discrimina e impõem profissões e sub-remuneração e contra as reformas que retiram os direitos trabalhistas e sociais", problematizou Kênia Miranda.

De acordo com a docente, nesse dia 8, em uma sociedade que busca tudo transformar em mercadoria, as mulheres são convidadas ao consumo, com a reafirmação de um lugar que associa a figura feminina à beleza fútil, à particularidade frágil (de algumas) ou competitiva (de outras, “bem-sucedidas” na lógica capitalista). "Essa perspectiva não nos representa", disse Kênia. "Essa violência, que é internacional, não atinge as mulheres da mesma forma, mas se intensifica sobre as mulheres trabalhadoras, negras, lésbicas e transexuais, imigrantes. Nesse sentido, nossa luta é socialista! É feminista e deve ser classista", complementou reafirmando a necessidade de engajamento de todas nos atos que acontecem mundialmente no dia 8 de março. 

DA REDAÇÃO DA ADUFF | Por Aline Pereira

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