A Aduff-SSind considera que a decisão da empresa privada de energia elétrica (Enel/Ampla) de deixar o prédio da Reitoria da UFF às escuras e de ameaçar fazer o mesmo com o Hospital Universitário Antonio Pedro expõe mais do que um problema pontual de atraso nas contas de luz. É reflexo de uma política de violentos ataques ao ensino superior público, gratuito e de qualidade, que se aprofunda de forma brutal no atual governo.

Os efeitos dessa política no campo estadual está materializado no abandono das instituições de ensino superior do Estado do Rio. No âmbito nacional, está registrada em palavras no relatório encomendado pelo governo brasileiro ao Banco Mundial, que preconiza o fim da gratuidade nas universidades do país.

De certa forma, as luzes apagadas expressam de forma chocante o contínuo esvaziamento dos recursos orçamentários destinados à universidade, à pesquisa e à ciência e tecnologia. Processo iniciado ainda no governo passado, foi potencializado ao extremo na gestão de Michel Temer. Tende a implodir a educação pública caso se consolide dentro dos parâmetros da Emenda Constitucional 95, que congela por 20 anos os orçamentos destinados aos serviços públicos.

Há também graves problemas em todas as últimas gestões da UFF. Contudo, a nossa universidade não pode sobreviver com um orçamento inferior ao de 2014. A gravidade dos ataques, portanto, exige de todos os setores da comunidade universitária a busca do diálogo, com respeito à democracia interna da universidade, em consonância com a construção de um movimento unitário em defesa da UFF pública, gratuita e com a reconhecida qualidade alcançada no ensino, na pesquisa e na extensão.

Desta forma, a Aduff reforça o convite para que os professores da UFF participem do ato marcado para esta terça-feira, dia 19 de dezembro, a partir das 16 horas, na entrada do campus do Gragoatá.

Convidamos também para uma atividade em seguida, às 19h30, na Reitoria, em Icaraí, onde levaremos velas para expressar simbolicamente toda a rejeição da comunidade universitária às ameaças que pairam sobre as universidades públicas em geral e à UFF, especificamente.

Não deixaremos ninguém apagar as universidades públicas de nosso país.

Aduff-SSind