As centrais sindicais (CUT, Força Sindical, CTB, UGT, Nova Central, CSB, CSP-Conlutas e Intersindical) convocaram uma greve nacional para o dia 5 de dezembro. Embora a convocação tenha sido repentina, com pouco tempo para consultar e mobilizar as categorias, a diretoria da Aduff-SSind resolveu encaminhar à sua base a proposta de adesão à greve, por entender que a unidade dos trabalhadores nesse momento é fundamental para barrar a nova tentativa do governo Temer de aprovar a Reforma da Previdência (PEC 287) ainda neste final de ano.
Desse modo, pela segunda vez seguida, a Aduff-SSind convocou assembleia descentralizada para permitir e facilitar uma maior participação dos docentes da Universidade Federal Fluminense nos debates e nas deliberações da categoria.
A Assembleia descentralizada nos diversos campi contou com a participação de 73 professores. Em todas as etapas, foi unânime a avaliação de que é preciso enfrentar esse projeto do governo de Michel Temer e que ele segue sendo uma grave ameaça aos direitos previdenciários de toda classe trabalhadora.
Até a última etapa da assembleia, em Niterói, também foi unânime – nas reuniões realizadas em Volta Redonda, Rio das Ostras/Macaé e Angra dos Reis – o posicionamento a favor de parar nesta terça-feira (5) e participar da greve nacional contra a PEC 287.
Ocorre que em Niterói, na assembleia ocorrida no Gragoatá na sexta-feira (1°), os docentes foram surpreendidos com a decisão unilateral e autoritária de seis das oito centrais sindicais que convocavam a greve nacional de suspendê-la, divulgada por meio de uma nota à imprensa. Duas centrais não assinaram a nota, não foram consultadas e criticaram o que ocorrera: a CSP-Conlutas e a Intersindical.
A lamentável decisão da CUT, Força Sindical, CTB, UGT, Nova Central e CSB fez com que a pauta da assembleia avaliada nas etapas anteriores já não existisse, na prática, na de Niterói. A greve nacional convocada pelas centrais fora desmarcada. Os professores reunidos no Gragoatá, então, inclusive em respeito às etapas anteriores, optaram de forma unânime por se abster na votação deste ponto.
Deste modo, a soma das participações nos diversos campi decidiu, por ampla maioria, sem votos contrários, pela paralisação no dia 5 de dezembro, na greve nacional contra a reforma da Previdência convocada pelas centrais. Não cabe outra posição da direção do sindicato que não seja reconhecer e respeitar o resultado da assembleia descentralizada.
Contudo, como por fatos alheios à nossa vontade a greve nacional foi cancelada, a diretoria da Aduff indica a priorização da mobilização e participação nos atos do dia 5. Defendemos, então, conforme posicionamento do nosso Sindicato Nacional (Andes-SN), a manutenção dos atos para barrar a PEC 287, nos juntando a outras entidades como Fenajufe (Judiciário), Fenasps (Saúde e Previdência), Fenafisco (fiscais da Receita Federal), Sinasefe (servidores das escolas federais) e Fasubra (técnicos das universidades).
A Aduff-SSind também considera fundamental manter e, bem mais que isso, ampliar as mobilizações nestas duas próximas semanas de dezembro, para evitar um retrocesso gigantesco nos direitos previdenciários – avaliação, aliás, unânime na assembleia.
Para esta terça-feira (5), indica que a prioridade maior deva ser a participação no ato organizado por dezenas de entidades sindicais e populares para o fim da tarde, na Candelária, no Centro do Rio. Nos concentraremos a partir das 15 horas na Praça Araribóia, de onde sairemos juntos para o ato no Rio.
Direção da Aduff-SSind
