Nov
13
2017

Dia Nacional de Luta contra medidas de Temer levou trabalhadores às ruas do centro do Rio

O ato realizado na sexta (10) contou com a participação de docentes da UFF que aprovaram, na 1° assembleia descentralizada da categoria, paralisação de 24h para participar das manifestações nacionais

O trajeto já tradicional em manifestações na cidade do Rio – com concentração na Candelária, passando pela Avenida Rio Branco, até chegar na Cinelândia – foi percorrido mais uma vez, no início da noite de sexta-feira (10), Dia Nacional de Luta contras as medidas de Michel Temer.

Em ato unificado organizado pelas principais frentes e centrais sindicais do país, trabalhadores e estudantes de todo o Estado do Rio exigiram o arquivamento da reforma da Previdência e a revogação da trabalhista, da Lei das Terceirizações e da emenda constitucional que congelou e, na prática, reduzirá os recursos dos serviços públicos (EC 95) – atingindo pesadamente áreas como a educação, a Pesquisa e a Ciência e Tecnologia.

A defesa da realização de um novo dia de greve geral para lutar contra a perda de direitos e pelo ‘Fora Temer’ e ‘Fora Pezão’ também estava presente em faixas, falas e camisetas, nas ruas cariocas. “A disposição que os trabalhadores do setor público e privado demonstraram hoje fechando estradas, ocupando ruas, fechando fábricas e realizando paralisações em seus locais de trabalho mostra que é possível sim fazer uma nova greve geral em nosso país”, defendeu Paulo Barela, da CSP-Conlutas, central sindical que participou da organização do dia nacional de luta e a qual o Andes-SN é filiado.

Docentes da UFF pararam por 24h e participaram do ato nesta sexta

A decisão pela paralisação de 24h e pela participação nas atividades de mobilização desta sexta foi tomada por ampla maioria na 1° assembleia descentralizada da UFF, que ocorreu em oito das 9 unidades acadêmicas da instituição, nos dias 6 a 9 deste mês. Professor da UFF Campos, Paulo Gajanigo esteve presente na etapa local da assembleia descentralizada e veio ao Rio participar da atividade unificada. “É importante estar nas ruas hoje porque este é um ato unitário e, neste momento, a gente precisa de toda a unidade entre os trabalhadores. A Aduff e todos os professores da UFF têm que apoiar essa iniciativa. Estamos aqui para mostrar que temos força e para reconstruir, nas ruas e na luta, nossa categoria e nossa classe”, ressaltou.

Integrante da diretoria da Aduff e professora da UFF de Nova Friburgo, Bianca Novaes também participou do ato e convidou as docentes e os docentes da UFF para voltarem às ruas na próxima segunda (13), a partir das 17h, na Cinelândia, quando um ato organizado por mulheres protesta contra a PEC181/2015. Aprovado em Comissão Especial da Câmara dos Deputados, a proposta de emenda constitucional reforça a proibição do aborto no país até em casos de estupro.

“A PEC representa um retrocesso e é mais um ataque aos nossos direitos e a nossa dignidade. Desde 1940, as mulheres brasileiras têm garantido na lei o direito de aborto em caso de estupro. É muito importante irmos para a rua na segunda para derrotar este projeto que criminaliza as mulheres vítimas de estupro que recorrem ao abortamento”, ressaltou.

Da redação da Aduff | Por Lara Abib
Foto: Luiz Fernando Nabuco

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