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Nov
10
2017

Em dia de paralisação, servidores da rede municipal do RJ exigem reajuste, 13º e fim das perseguições

Manifestação em frente a sede da Prefeitura, na Cidade Nova, antecipou ato unificado, que ocorre na tarde dessa sexta-feira (10), na Candelária, contra as reformas do governo de Michel Temer

Momentos antes de participar do ato unificado na Candelária, na tarde da sexta-feira 10 de novembro - Dia Nacional de Paralisação e Luta contra as reformas do governo de Michel Temer - servidores da rede municipal do Rio de Janeiro estiveram em frente a sede administrativa da Prefeitura, na Cidade Nova, em protesto. A categoria, que inclui professores de diferentes carga horária e ainda com Dedicação Exclusiva - exigem que o prefeito Marcelo Crivella receba o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do RJ - Sepe em audiência para o atendimento das revindicações da categoria. Entre elas estão o pagamento das parcelas do 13º em dia e o anúncio do reajuste salarial de 2017. 

Os profissionais do município do Rio também exigem melhores condições de trabalho e mais democracia por parte da Secretaria Municipal de Educação, que afastou de sala de aula a professora Flávia Rodrigues, como represália pela manifestação da docente contra o descaso do governo com escola pública do Rio de Janeiro. 

"Trabalho em uma escola na 1ª Coordenadoria; uma das mais disputadas devido à facilidade de acesso para quem vem da Avenida Brasil. Atendemos mais de mil estudantes do primeiro segmento que não receberam material escolar esse ano. Além disso, faltam insumos básicos para a realização das nossas tarefas; temos que comprar o pilot para usar o quadro branco e estamos proibidos de usar a fotocopiadora, pois não há papel no colégio", disse uma das docentes presentes ao ato que preferiu não se identificar. "Vivemos sob uma atmosfera de terror; uma hora o prefeito diz que não pagará mais o auxílio transporte, depois ele volta atrás; em outro momento, diz não saber quando pagará a primeira parcela do 13º, mas, enquanto isso, Crivella aumentou em mais de 40% as diárias para ele e seus assessores, quando em viagem para o exterior", disse a docente que ministra a disciplina de Português e que também atua na rede estadual do RJ, cujos salários estão em atraso. "Tenho mais de 25 anos de profissão e estou em processo contínuo de aprendizagem, buscando o aperfeiçoamento das minhas aulas; mas sinto que estou desestimulada, humilhada", complementou a professora, minutos antes de integrar o ato na Candelária. 

Ela é mais uma trabalhadoras que marcham em protesto contra a perdas de direitos trabalhistas, sociais e previdenciários, unida a profissionais de setores públicos e privados, na tarde dessa sexta-feira 10. "Em mais de um ano a frente desse governo, Temer conseguiu fazer com que retrocedêssemos muito em relação as conquistas que obtivemos com muita luta, ao longo de décadas", considerou. 

A manifestação na Candelária contará com participação dos professores, técnico-administrativos e estudantes da UFF, paralisados por 24h nessa sexta-feira (10), conforme decidido em assembleias descentralizadas realizadas em oito dos nove campi universitários, que aconteceram entre os dias 6 e 9. 

DA REDAÇÃO DA ADUFF | Por Aline Pereira
Foto: Reprodução de Internet

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