DA REDAÇÃO DA ADUFF
O 3° Congresso da CSP-Conlutas, a Central Sindical e Popular que está completando 11 anos de existência, começou com um chamado à reação da classe trabalhadora às reformas e projetos em curso do governo de Michel Temer (PMDB), que podem levar a maior retirada de direitos da história do país.
Por volta das 11h25min da quinta-feira (12), em Sumaré, a cerca de 120 quilômetros da capital paulista, foi declarado aberto o congresso, que já reunia, àquela altura, mais de 2.200 delegados eleitos em cerca de 600 assembleias realizadas em todos os estados do país e no Distrito Federal. A Aduff-SSind participa com oito professores da Universidade Federal Fluminense, eleitos delegados ao congresso na assembleia geral da categoria. A delegação do Sindicato Nacional dos Docentes (Andes-SN) reúne professores de vários estados do país.
A abertura do evento teve a apresentação de um curta sobre a história da central. O vídeo recorda os primeiros encontros, na primeira metade dos anos 2000, que buscavam construir a resistência às reformas que retiravam direitos, promovidas pelo então governo Lula e de certa forma apoiadas pela CUT (Central Única dos Trabalhadores), maior central sindical do país. Percorre ainda a criação da Conlutas, em 2006, e o 1° Congresso, em Santos, em 2010, que marcou a transformação da entidade em CSP-Conlutas.
Na cerimônia que deu a largada para os quatro dias de debates, uma representação simbolizando os diversos setores sociais que integram a CSP-Conlutas – central que também agrega os movimentos sociais – subiu ao palco, enquanto integrantes do movimento hip-hop cantavam a música "Lutar é preciso", liderados pelo rapper Hertz Dias, do Gíria Vermelha.
Logo em seguida, representantes de entidades e partidos da esquerda convidados falaram e saudaram o congresso que se iniciava e que durará quatro dias, na Estância da Árvore, complexo que inclui ginásio, acomodações para milhares de pessoas e ampla área verde.
A abertura teve ainda uma mesa que abordou a conjuntura atual do país, seguida da aprovação do regimento interno e da apresentação de 18 propostas de resoluções gerais, com exposições de sete minutos para cada uma delas.
O primeiro dia do congresso reservou, ainda, espaço para que uma representação das mulheres subisse ao palco segurando cartazes com a palavra ‘não’ grafada em letras grandes e lembrassem aos participantes que não são admitidos, na sociedade e no evento, atitudes machistas, homofóbicas, racistas ou preconceituosas com quaisquer minorias.
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Hélcio Lourenço Filho, enviado a Sumaré (SP)